Porque eu? porque isto? porque agora?
Encontrei este texto do livro "Porque eu? porque isto? porque agora?" de Robin Norwood. Fala daquelas relacções que nós denominamos de amor/ódio. Porque é que nos atraem sempre as pessoas "erradas"? Todos nós já pensamos e passamos por situações destas.. curiosamente por vezes estas "relações" são as mais intensas!
"...Na verdade, quando pensamos que estamos a escapar, estamos frequentemente, ainda que não o saibamos, a correr o mais que podemos para no envolvermos precisamente naquilo que tememos. Nas relações, em particular, parecem existir correntes submersas ocultas que utilizam os nossos desejos e intenções conscientes, para produzir o efeito oposto ao que pretendemos.
De facto, parece que qualquer relação significativa tem uma vida própria independente, com um propósito oculto à nossa percepção consciente.
________Nunca sentiu que os seus maiores esforços de navegar para porto seguro e se afastar da catástrofe serviram simplesmente para o fazer nufragr nos próprios bixios que tanto tentava evitar?
________Quando faço uma retrospectiva de quase cinquenta anos de vida, apercebo-me de que tentei sempre descobrir a chave elementar, que explicasse porque razão nós, seres humanos, suportamos tanto sofrimento no envolvimento com os nossos iguais...
________O que acabei por entender foi que as nossas relações mais marcantes existem por uma razão muito diferente daquela em que acreditamos, quer pessoalmente enquanto individuos, quer colectivamente como sociedade. O seu verdadeiro objectivo não é fazer-nos felizes, não é satisfazer as nossas necessidades, não é definir o nosso lugar na sociedade, não é manter-nos seguros...mas sim fazer-nos crescer para a Luz.
________A questão de base é que, juntamente com as pessoas a quem nos encontramos ligados por laços de sangue, de casamento ou de afinidades profundas, seguimos uma rota definida com riscos e obstáculos, concebida para nos levar de um ponto de evolução para outro.
________Na realidade, só teríamos a ganhar se, ao procurar entender a natureza frequentemente perturbada das relações humanas, nos recordassemos que existe uma eficiencia impecável e implacável no Universo, cuja meta é a evolução da consciencia.
E o que sempre, sempre impele essa evolução é o desejo..."