Raios, porque não sou a Madonna?
Ok ok não me matem! SIM, eu admiro a Madonna... e então? Na verdade admiro a mulher, não a artista...(até porque esta senhora de pele alva, 1,63 metro de corpo musculoso, Madonna Louise Veronica Ciccone de 44 anos) não é de facto, mais que uma cantora e bailarina mediana. Afinal o que a torna tão diferente?
Madonna consegue gerir a imagem melhor que ninguem... é o que se chama um camaleão... um dia é loira, outro morena, dias depois ruiva, voltando ao loiro! Os olhos são verdes, ou azuis, ou mesmo castanhos... e quando pensamos que ela deu o que tinha a dar...eis que surge uma madonna renovada e cheia de vitalidade...
width=100%>De coisinha despenteada e pirosa,(fase que eu detestei, ela parecia mais uma arvore de natal ambulante) tornou-se numa material girl... a mulher que quer tudo - dinheiro, prazer e fazer o que lhe dá na cabeça.(quem me dera!) Nada mais de acordo com uma década em que a palavra mais pronunciada foi ganância, no sentido positivo. Madonna virou o retrato perfeito dos anos 80, a femme fatale do fim do século. Ambiciosa, atrevida, louca pelo poder e pela aclamação das massas, uma máquina de fazer dinheiro em forma feminina - forma esculpida até os limites máximos da massa muscular em sessões diárias e obsessivas de musculação e jogging. O caminho estava consolidado e Madonna, imprimida na memória colectiva, não pelas suas pouco generosas qualidades musicais, mas pelo atrevimento de impôr as próprias idéias, de surpreender com gestos e palavras, de se renovar, mudar, ousar outros caminhos.
width=100%>O que me torna quase uma fã desta mulher é a sua atitude, a força, a irreverencia, o exotismo, a sensualidade, a desinibição, a capacidade de estar um passo á frente de todos... ela choca, para logo a seguir nos rendermos ás suas loucuras.
Li uma declaração dela: "Sou um tanque de guerra em miniatura que cruza o mundo e para quem só interessam a vitória e a competição" Tipico de uma mulher ambiciosa que planeia cada passo de sua carreira com o raciocínio estratégico e um general de campo, e a sede de batalha de Atila e Gêngis Khan, juntos.
Se o escritor americano Norman Mailer estava certo quando descreveu Marilyn Monroe como um "stradivarius do sexo", referindo-se ao mais caro e perfeito dos violinos, Madonna deveria ser chamada de o trombone do erotismo. Madonna imita Marilyn, mas os tempos mudaram, e radicalmente, quanto ao apelo erótico das artes e dos espectáculos para o grande público. Enquanto o mito sexual dos anos 50 se apoiava na ingenuidade juvenil, nos trejeitos, no sorriso e na voz inocentes (a cena em que um exaustor lhe levanta o vestido no filme O Pecado Mora ao Lado é o emblema dessa situação), Madonna aposta firme na sexualidade perversa, com gestos e letras explícitas.
width=100%>Na verdade, a inocência que Marilyn aparentava nas telas tinha como substrato um sem-número de histórias e boatos sórdidos que circulavam a seu respeito nos bastidores de Hollywood, e na imprensa cor de rosa. Na vida privada, dizia-se, Marilyn era uma voraz devoradora de homens, uma ninfomaníaca pecaminosa que participava de orgias incessantes e trocava de amantes e maridos com a velocidade que se embebedava e drogava. Com Madonna acontece quase o contrário. Nos concertos, ela canta vestindo lingerie estilizada, enrosca-se em lindos mancebos besuntados de substâncias oleosas, simula masturbar-se em êxtase e berra palavrões enquanto profana símbolos do catolicismo... Já na vida privada, ela administra sua sexualidade como uma executiva de grande empresa cuida de seus negócios.
com 44 anos, Madonna permanece a beldade beligerante, atrevida, ousada, com uma sensualidade agressiva... ela tanto parece uma menininha que pede colo uma hora, e na outra arranca a dentadas a mão que a afaga.
Vulgar mas sofisticada, mais escandalosa do que nunca, atrevida, sensual, a profana loiraça-satanás terá concerteza uma estratégida para ter sucesso nesta decada... Caso
não funcione, podemos ter certeza de que ela aparecerá com uma novidade enorme, exagerada, escandalosa.
É por isto tudo que adoro esta mulher!
Bolas, quero ser como ela!