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Urban Jungle

pensamentos, divagações e tangas da selva urbana

pensamentos, divagações e tangas da selva urbana

Urban Jungle

30
Dez05

Boas entradas!

Cereza

Desejo a todos aqueles que fazem o UJ, um FELIZZZZZZZZZZZZZZZ ANO NOVO!


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Chegou a altura de pensarmos no que conseguimos e não conseguimos fazer em 2005.
Chegou a altura de delinearmos a que queremos para 2006.
Chegou a altura de fazermos a nossa lista de resoluções!
Fica aqui a da Tex... doida como sempre :)


O mail dela:

"Cerejolas, envio-te aki as minhas resoluções para o Novo Ano que se avizinha lol
espero que te sirvam de inspiração lolololllllllllllllllllllllllllllll
Feliz Ano Novo!
Beijos***************



As minhas Resoluções de Ano Novo:

- Aprender a dizer”BAZA” em varias línguas
- Não pagar às Finanças
- Fazer longas viagens pelo meu Ego
- Bater com a porta nas fuças da minha vizinha do 3º andar
- Comprar mais lingerie “Agent Provocateur”
- Não tentar consertar nada lá em casa
- Ter pensamentos indecentes
- Remover o vidro da TV e entrar direitinha no anúncio do gajo de kilt
- Construir a minha própria nave espacial
- Beber mais tinto
- Cortar o cabelo
- Deixar crescer o cabelo
- Fazer uma lista negra de quem não responde aos meus mails
- Apalpar o rabo aquele jeitoso que vejo todos os dias no autocarro
- Intimidar ainda mais os meus colegas
- Dançar nua em cima do piano
- Ser mais, mau feitio, mimada, caprichosa, arrogante e manipuladora
- Mandar à m*erda as minhas tias beatas
- Lembrar-me sempre que o mundo é meu e outros só habitam nele"


Tex


Tex e um pontapé no fundo das costas pra ti***** ehehehehe

30
Dez05

Body Talk

Cereza

A blocas mandou-me um texto sobre a Gala de Travestis que todos os anos se realiza... Até que ponto podemos considerar o transformismo uma arte? é um tema que tem mais que se lhe diga. A blocas mandou-nos também algumas fotos! Boa Blocas!

Girls1 copy.jpgGirls3 copy.jpg

Bom é apenas uma curiosidade, mas no dia 01.12.05 realizou-se a 13ª Gala
de Travestis a favor da Abraço e foi EXPECTACULAR, foram quase 4horas de um
show lindissimo, de muita sensualidade, de um glamour sem tamanho.

Tanta pluma, tanta lantejola, tanta gente bonita sem pudor em mostrar a sua
arte.

Durante o expectaculo foram feitas 4 homenagens devidamente premiadas a
algumas pessoas que de alguma forma se destacaram: Marco Paulo, Madalena
Iglesias, Alexandra Lencastre e por fim Guida Scarlaty.

Foi uma noite como á muito não assistia, admito que sou fã do transformismo
e é dificil superar este show anual.

Na assistência esteve todo o tipo de expectadores, desde o travesti
devidamente trajado, ao Gay assumido, ao Gay escondido, pessoas da
conhecidas da nossa televisão e sociedade e gente comum como eu.

Mais uma vez se realizou esta noite, com tudo o que a envolve e com tudo o
que move por trás.
E como la disseram para terminar: "The show must go on"

"Gostava de ver este assunto exposto se fosse possivel é claro, até porque
gostava de ver as mais variadas reacções que certamente os comentadores do
UJ teram."


Blocas

Imagem 116 copy.jpgImagem 136 copy.jpg


29
Dez05

Crónicas de um Esquizo I

Cereza

É sempre com um prazer enorme que publico algo de um novo paineleiro. Amanhã teremos mais uma estreante, a Blocas

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BillPoon copy.jpg


A fé de não ter fé
Já tive fé, e já tive a fé de não a ter…

Numa infância atribulada, mas rica em irmãos, decidi não ter fé. Éramos cinco garotos sem pai nem mãe presentes, calções sujos, sem outros para trocar, e o típico pé descalço. Não tinha sido baptizado, e os meus conhecimentos católicos resumiam-se à ave-maria e ao pai-nosso que a minha avó me tinha ensinado. Um livro velho de doutrina me fora oferecido, mas a minha cabeça andava longe e de todas as formas não o sabia ler, era preciso sonhar, e como sonhar enche a alma…

Decidi não ter fé, mesmo sendo novo demais para a ter. Afinal se Deus existisse onde é que estava o Pai e a Mãe, porque é que eu levava tanto açoite por ser criança, e tanto açoite por nada ter feito.

Passei a ter outra atitude de vida, passei a chorar porque um dia ia morrer, e aos meus seis anos passei a ter medo da morte. Longe de imaginar que havia fé, em não ter fé.
Vivia numa grande quinta de muros altos e cegos, longe de tudo, e mesmo que pudesse sonhar muito, os meus sonhos não iam para além de uma bicicleta que nunca chegou. Estava fechado dentro dos meus próprios sonhos e esses eram os tempos em que eu ria.

As minhas atitudes estavam comprometidas, pois, se não havia Deus, tinha de olhar por mim. Começa uma nova atitude, oposta à dos meus amigos que tinham a sorte de poder ir à catequese, começa ai a odisseia da fé.

Numa aldeia pequena só existiam três salas de aula, era obrigado a frequentar as aulas da 2ª classe, pois só para o ano haveria 1ª classe, e a professora por respeito ao pedido de família aceitou-me, e prometeu dar-me um acompanhamento diferente.

A curiosidade sempre me marcou, tentava fazer os exercícios de 1ª classe o mais depressa possível, para poder ouvir o que se passava dentro da sala de aula. Aos poucos e poucos já estava mais na 2ª classe do que da 1ª. Não tinha fé mas sim medo, medo de ser deixado para trás e apressava-me porque Deus não me dava a mão. Mais uma vez sentia-me excluído, não passava de um intruso, um incómodo, um pedido aceite.

Não queria estorvar ninguém e travo numa luta contra mim para me integrar na matéria corrente. Depressa dei nas vistas, e passei de espécime a exemplo, era a prova de vergonha dos que frequentavam a sala de aula. Se eu percebia, porque é que eles não haveriam de perceber? – perguntava a professora.

Eles não se esforçam porque não sabem que Deus não existe, não compreenderam que estão por conta própria. - pensei.
Desde esses tempos fui incrédulo, ateu se é que os ateus existem. Olhei por mim como pai e mãe, fui diferente de tudo que conhecia, e atirava-me de cabeça para as coisas com medo de as perder. Longo foi o percurso, e muitas foram as acções semelhantes, até eu acordar, acordar para a verdadeira realidade…

Tinha sido derrubado! Deus tinha mudado a minha vida, simplesmente por não existir. Apercebi-me que ele já lá estava, já lá estava dentro de mim, tinha existido quando eu mudei de atitude por Ele não existir, estava no reflexo de todos os meus actos, inundava todas as minhas acções.

Não condeno quem não tem fé, embora não perceba como é possível, mas ainda hoje não deixo de pensar nas limitações de quem as têm…


Esquizo

28
Dez05

Artigo de Opinião

Cereza

Já sei que vai dar discussão... mas digamos que este é um "artigo" de opinião do Formasdolhar. Concorda quem quiser, quem não quiser tem o direito de se expressar.

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Um apelo à desistência ou a tentativa de não ficar em 3º lugar nas eleições



Fiquei espantado quando soube do apelo do Dr. Jorge Coelho à desistência dos outros candidatos de esquerda às eleições presidenciais.
Para mim quer dizer duas coisas muito simples:

1- As sondagens postas ao dispor do PS dão Cavaco Silva como vencedor à 1ª volta.
2- A tendência de voto em Manuel Alegre é superior ao candidato oficial do partido.

Se o 1º motivo não me surpreende de sobre maneira, o 2º soa-me ao desespero dum partido que a todo o custo quer salvar a face duma má escolha do candidato presidencial. Também concordarei que se Manuel Alegre fosse o candidato do PS perderia a parte “poética” da candidatura, que reconheço ser aglutinadora de várias pessoas, com diversas correntes politicas exactamente por ser independente (partidariamente falando, mas não ideologicamente).

Mas vejamos as coisas com mais calma. De certeza que se essa desistência fosse avante, a fixação do eleitorado nos candidatos dos partidos deixaria de existir, tornando-os flutuantes, e por conseguinte correndo o risco de aumentar a abstenção, o que, certamente, favoreceria a candidatura de Cavaco Silva. Para dizer a verdade não estou a ver que qualquer um dos candidatos desista. Manuel Alegre, tanto quanto sei, nunca virou a cara a uma luta, Jerónimo de Sousa e Francisco Louça, na minha opinião, perderiam toda a legitimidade para eleições futuras (mesmo que estas só se realizem daqui a uns anos) caso o fizessem. Seria o assumir dum mal menor e o deixar passar a oportunidade de fazer passar as suas ideias. Teriam sempre essa “pedra no sapato”.

A duvida que me resta, neste momento, é se o PS realmente optou por Mário Soares como candidato ou se ele se auto impôs ao partido, para alimentar um ego enorme, como prova o auto-titulo de “Pai da Pátria” (entrevista à Antena1, 15-12-2005).

Quanto à impossibilidade de Manuel Alegre passar à 2ª volta, só vejo um motivo para isso acontecer. Esse motivo é pura e simplesmente não existir 2ª volta. Uma prova mais cabal desse enorme ego, mal contido e mal disfarçado, é a contradição em que Mário Soares caiu, no espaço de poucos minutos ao dizer que se caso Manuel Alegre passasse à 2ª volta só faria campanha se fosse convidado, porque “para campanhas só vai quem é convocado e não quem se oferece”, mas no caso de ser ele a passar Manuel Alegre teria que se oferecer para fazer campanha por Soares!!! Em que é que ficamos? Umas acções para outros e outra para mim? Rica demonstração de democracia e de equidade!!!

No meu entender só existem duas candidaturas com capacidade para chegar a Belém. A de Cavaco Silva e a de Manuel Alegre. E caso eu não tivesse a minha escolha definida, sinceramente, ficaria na dúvida em quem votar. Para esta situação só me ocorre a ideia expressa por Maria José Nogueira Pinto: “…se tivesse dois votos que não se anulassem…”.


Formasdolhar

27
Dez05

Quando!?

Cereza

Fico muito feliz, quando pessoas que admiro escrevem para o UJ

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PeterLindbergh.jpg

Quando falamos acerca do mundo que nos rodeia
Quando nos cercamos de dúvidas
Quando nos envolvemos no escuro manto
Quando… quando sentimos

Inconstâncias… fluxos de sentimentos


Quando nos aterrorizamos com a perda de alguém
Quando um surdo egoísmo nos ataca
Quando as ruas ficam vazias
Quando… quando as horas não existem


Murmúrios… ruídos brandos do nosso oceano


Quando desenvolvemos anticorpos para o mal
Quando arranjamos doenças para o bem
Quando sangramos, degoladas almas a nu
Quando… quando saciamos o corpo de Luz


Vertigens… tentativas de unicidade



A cada passo…
Quando queremos
A cada murro…
Quando amamos
A cada ímpeto…
Quando quase tudo
A cada minuto…
Quando quase nada
A cada parte de mim
Quando tu…


Quando nem as palavras me satisfazem
Quando o tanto é tão maior que o tudo
Quando o sentir-te se torna parte de mim
Quando… quando a inquietude me invade


Relevos… tuas sumptuosas curvas


Quando o Sol se esgueira por entre as nuvens
Quando pintamos paredes pela cidade
Quando dispersamos carinhos por todo o corpo
Quando… quando me deixas sem palavras


Declarações… doces exibicionismos a dois


Quando ao fim do dia um outro começa
Quando o teu brilho me dá vida
Quando ficas a dois centímetros dos meus lábios
Quando… quando partilhamos o mar
Momentos… profusos e eternos


A cada não…
Quando dizes sim
A cada beijo…
Quando dizes não
A cada toque…
Quando nos falta ar
A cada olhar…
Quando paramos
A cada momento…
Quando eu…


Quando a tua pele toca na minha
Quando os teus lábios se colam nos meus
Quando nem o frio me derrota o sorriso
Quando… quando digo que gosto de ti


Sentimentos… minha alma tomada


Quando volta a amanhecer
Quando o resto do mundo acorda
Quando te contemplo, fumando um cigarro
Quando… quando nem sei…


Vidas… dinâmica, energia


Quando ateamos fogos ao luar
Quando roubamos beijos um ao outro
Quando queimamos as roupas
Quando… quando te olho



Gestos… discursos de paixão


A cada escalada…
Quando me exploras
A cada gota de suor…
Quando me consomes
A cada despedida…
Quando a noite morre
A cada momento…
Quando ao teu lado
A cada pulsar…
Quando nós…


Marco Neves – 16/12/05



26
Dez05

UJ

Cereza

Pretendia publicar este texto no fim do ano... mas vou antecipar o momento. Os animos andam exlatados, fruto talvez do stress da quadra natalícia. Por vezes temos de "saber dizer as coisas", sem as dizer... por vezes temos de contar até 100, e por vezes temos de ter grande poder de encaixe para aguentar as palavras menos agradaveis dos outros! Meus senhores, benvindos a um blog, e ao UJ.

Para quem ainda não entendeu há posts que servem mesmo para gerar a discussão... Discutir é salutar, impôr ideias não!

Acho que chegou mais um dos nossos "famosos" momentos de refelxão.. e dizer o que nos vai na alma!

Para que conste, este texto foi-me enviado há MAIS de 15 dias... é só para evitar desconfianças e confusões!

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1bad copy.jpg


A concepção base dum blog tem como plataforma teórica a abertura ao mundo, ou não fosse disponibilizado na Internet. É de todos e não é de ninguém. O seu ‘dono’, a pessoa ou pessoas que o mantêm, deixam de ter mão nele, como um filho a quem não conseguimos controlar, mesmo que durma debaixo do nosso tecto e coma connosco à mesma mesa. Não existem fronteiras e o espaço shenguen ou outros são aqui completamente irreais.

Quem esteja atento, verifica que as entradas aumentaram nos últimos tempos. Fruto das noticias nos jornais...? Talvez... com certeza, tiveram a sua quota parte, mas o boca a boca funciona sempre muito, com uma eficácia bem grande. E nós ficamos todos contentes e felizes e festejamos à nossa maneira.

Com o canal passa-se a mesma coisa: intimamente ligado ao blog, é absolutamente normal que por lá encontremos caras novas – leia-se nick’s... – e cada vez mais. Porém, enquanto no blog, quem por lá passa nem sempre deixa a sua marca, em forma de comentário e, mesmo que o faça e atente contra o espírito do blog, contra as boas maneiras ou contra alguém em especial, é tudo em diferido, e a falta de simultaneidade dá-nos um tempo para pensar e as reacções são mais lentas, ou seja, temos mais tempo para contar até 10... ora, no canal isso não acontece... a maravilhosa faculdade do on-line dá-nos ‘direito’ de resposta automática... e funcionamos como um polvo... cada um manifesta-se como um tentáculo da mesma cabeça, como se nos estivessem a assaltar a casa e nós, membros da mesma família, reagimos em uníssono...

Com algumas excepções, isso só não acontece se o alien for convidado de alguém... ai é tratado nas palminhas, como eu fui e como eu sou! Mas na verdade, isto nem sempre se verifica...

Contudo, todas as moedas têm duas faces... é impossível o blog manter a abertura que tem tido, com um número crescente de visitantes e o canal, seu directo parente, mostrar reticências em aceitar novas entradas. É claro que o canal está a passar duma sala de estar, onde todos nos sentamos em confortáveis sofás, para uma esplanada barulhenta, confusa, onde não sabemos quem se vai sentar à nossa mesa... muitas vezes brincamos uns com os outros mas, se a mesma brincadeira for perpetrada por um desconhecido, levamos a mal e reagimos de forma imediata, provocando uma reacção em cadeia pois, ou outros fregueses habituais, solidarizam-se connosco... Ora, sendo o blog um local de solidariedade e empenho, mesmo com quem desconhecemos, onde há palavras amigas e quentes, gestos de profunda camaradagem e adesão, parece haver aqui qualquer coisa disfuncional...

Senti-me na obrigação moral de escrever esta reflexão pois há dois ou três dias tive um mal entendido com um ‘estranho’ no canal e jurei que não lhe voltaria a falar, pedindo as minhas desculpas em público. Porém, no dia seguinte, tive oportunidade de ‘falar’ com alguém conhecido dessa pessoa e que me disse que tinham ido ali por ouvirem falar muito bem do canal e que as coisas tinham corrido mal... e eu, falo por mim, penso que não o tratei como deveria, ou seja, como gostava de ser tratada, ou melhor ainda, como fui efectivamente tratada e recebida desde o primeiro dia. Embora considere que não fui ofensiva na ‘conversa’ que tivemos (aliás foi em canal aberto), mas antes fui brincalhona, mas pensei também que não gostaria de chegar a um lugar desconhecido e ser tratada com ironias...

Em face disso, peço desculpa novamente, como símbolo da abertura da minha parte a conhecidos ou desconhecidos pois, quem vier por bem, de desconhecido passará a amigo, na senda dos clientes habituais, quer do blog, quer do canal. Obrigada por me aturarem.

bonecarussa

22
Dez05

Dedicado ao meu Pai!

Cereza
Dia 25 de Dezembro, perto da meia, há 13 anos atras.
O meu pai entrou pelo seu pé no Hospital de Faro.
Sentia falta de ar.
Um médico aproximou-se e perguntou-lhe o que sentia, ofegante explicou.
O médico disse-lhe para esperar, que já voltava.
Instalou-se a revolta e a confusão.
O meu irmão agarrou o médico pelos colarinhos, encostou-o á parede e exigiu que o meu pai fosse atendido de imediato.
Levaram-no lá para dentro. O que se passou depois não sabemos.
Esperamos horas e horas sozinhos na sala de espera.
Não nos passava pela cabeça o que se ía passar a seguir.
Apenas esperavamos ver o meu pai sair pela porta.
Nada.
Não sei quanto tempo depois uma enfermeira entregava o fio de ouro que o meu pai usava à minha mãe.
A minha mãe pressentu algo, mas não disse nada, e continuamos a esperar por ele.
Passado umas horas chamaram-nos. Uma médica disse-nos que ele tinha morrido.
Um ataque cardíaco fulminante.
A minha mãe começou aos gritos e desmaiou.
O meu irmão procurava pelos quartos do hospital ver se o encontrava.
Eu agarrada á minha mãe chorava.

O pilar da familia desapareceu.
A minha mãe nunca mais foi a mesma.
Eu e o meu irmão tentamos tomar o lugar dele, mas nada será como dantes.
Tombou tudo.
E nada parece fazer sentido.
Explica-se assim por frases curtas porque detesto o Natal.
22
Dez05

A todos um Feliz Natal!

Cereza

Feliz Natal da Bonecarussa e da Tex
Já agora vejam a doçura do pedido do meu sobrinho ao pai Natal... pelo menos é menos exigente que o Guldan

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Natal 2005 011 copy.jpg

Conta-se que Elvis Presley, querendo agradar à sua filha de 6 anos e não sabendo o que havia de lhe oferecer, deu-lhe um anel de diamantes. Conta-se também que a mulher nunca deixou a filha usá-lo, culpando o marido pela aberração da oferta.

Desconheço se isto é verídico ou não, apenas sei que as ofertas que as crianças recebem são, frequentemente e no mínimo, discutíveis… digamos assim. Falo em quantidade, qualidade e valor.

Grande parte da miudagem hoje em dia acha que o dinheiro nasce nas caixas Multibanco pelo milagre da multiplicação das notas ou por uma qualquer generosidade dos senhores do banco que lá colocam o dinheiro… não pensam que custa a ganhar e nós também não os ensinamos.

Mas quando chega o Natal ou nos aniversários, os brinquedos aparecem, quer sejam comprados na famosa Hamleys ou na loja dos 300 mais próxima… e aparecem como se em cada casa houvesse uma convenção de bonecada: carros ou bonecas, legos, jogos de play station ou tradicionais, livros, telemóveis, computadores, motas, carros… para não falar da roupa e calçado que os garotos tendem sempre a achar que não são prendas. Os embrulhos são rasgados ansiosamente mas a pressa não é para verem o que lhes coube em sorte, mas sim para passarem rapidamente ao presente seguinte…

Conheço garotos que recebem uma prenda do pai e outra da mãe, da avó e avô e por ai fora, fazendo-se excursões a sua casa para ver a pilha de presentes, que faz concorrência em altura com a árvore de Natal do Terreiro do Paço…

Devemos dar tudo às crianças? Devemos deixá-las escolher o que querem? Devemos abrir a carteira e não olhar a meios para as alegrar? Devemos aderir ao espírito do ‘amanhã não sei se posso dar, portanto hoje dou tudo’? Devemos explicar-lhes quanto ‘vale’ o presente que querem… ou são muito novas para se terem que preocupar com essas coisas? E se são muito novas, quando devem começar a aprender, numa tentativa de lhes incutir respeito pelo dinheiro… pelo seu e pelo dos outros? Devemos dar e deixar dar curso livre à quantidade de presentes? Devemos lembrarmo-nos do que demos nos anos anteriores para… superar a oferta?

Podemos não ter filhos, mas temos sobrinhos, filhos de amigos ou outros familiares pequenotes e com o Natal à porta penso que é matéria que se impõe…
Como última nota quero dizer que não está aqui em causa qualquer critério sobre se as crianças merecem ou não… Indiscutivelmente, todas merecem! Como merecem lugar de destaque os presentes que os garotos fazem na escola, nos tempos livres, com as suas próprias mãos!


bonecarussa

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texinha.jpg


Descalcem-se os pés sobre a terra húmida de todos os que teimam em vinganças e sentimentos mesquinhos…

Deixem de acordar a dizer “quero mais!” …acalentem antes, sonhos de harmonia e
paz e maravilhem-se com a luz das estrelas…
Olhem para o mundo, e apreciem o milagre da vida.

É tempo de preencher o coração com humildade e gestos de ternura…
Até todos sentirem essa ternura o Natal não existe…

Quero-vos a todos felizes para que também o meu Natal seja feliz.

Foto e texto daTex

21
Dez05

Parabéns Guldan*

Cereza

Hoje tinha decidido escrever um post muito especial para o meu "rabanete" que faz anos... MAS DESISTI! Meus amigos é que não dá, definitivamente amuei!

Então vocês sabem lá? Não é que ele agora deu-lhe para os carros e para a os motos? ( Eu sei, podia ser pior )

O homem adormece a pensar em carros, acorda a pensar em motas, passa o dia a falar em automoveis, só vê programas de desportos motorizados... e eu? Niente! Desesperei!

Sabem o que ele me pediu pelo Natal? Um porsche embrulhado num enormeee laçarote vermelho! Mas isto é normal?
Eu até lhe comprava o porsche, é que isto nada tem a ver com dinheiro... não posso é habitua-lo mal... quer dizer, então para o ano pede-me o quê? Um Ferrari?

Portanto hoje não há poemas, nem palavras de amor a desejar um feliz dia de aniversário... Vou apenas deixar-lhe este video... Ele vai entender, ai vai sim!!! Neste video ele vai saber exactamente o que lhe vou fazer ao carro, se ele continuar assim, com esta obsessão "motorizada"!

Porsche-17_1024 copy.jpg

Tá bem... só um miminho!

Fanatismo:

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!...


Tudo no mundo é frágil, tudo passa ...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!



E, olhos postos em ti, digo de rastros:
Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: principio e fim! ...


Florbela Espanca (sempre)


Guldan adoro-te@


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