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Urban Jungle

pensamentos, divagações e tangas da selva urbana

pensamentos, divagações e tangas da selva urbana

Urban Jungle

31
Jan06

Os BrancosNegros ou NegrosBrancos

Cereza

Eu nem tenho palavras para uma introdução a este trabalho do Abel... Não tenho porque o acho simplesmente fantastico!

Sei que o Abel tem tido imenso trabalho, alias sei que nem sabe para onde se virar. A ele peço desculpa de não pôr uma musica portuguesa, mas achei que este video do Michael Jackson foi feito para ESTE TEXTO! Chama-se Black or White (Desculpem a qualidade, mas videos do MJ já não se encontram assim com tanta facilidade, sinais do tempo!)

Ao Abel quero apenas dizer... Benvindo, tinha saudades de te ler! Obrigada amigo!


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mjackson1.jpg


Ao ler uma agenda bolorenta (de 2001) do Ministério da Saúde, deparei com uns versos perspicazes que me deram o mote para o assunto, já largamente debatido pela sociedade global e, de certa forma, incompreendido por uma boa parte das gentes. Antes de o apresentar vou fazer uma reflexão.

Embora a comunidade científica não seja unânime quanto à definição ou identificação, as raças que conheço são: negra, branca e amarela, vista numa perspectiva do senso comum. Os antropólogos dividem a espécie humana em raça Mongolóide (grupo ancestral do Continente Asiático), Negróide (grupo ancestral do Continente Africano) e Caucasiano (grupo ancestral do Continente Europeu).

Podemos verificar assim que as pessoas são negras e não pretas (é significativa a diferença) como tristemente muita gente ignora.
Segundo a comunidade científica, o ser humano provém do mesmo tronco dos símios, sem que (como erradamente por vezes se diz) “sejamos forçosamente descendentes dos macacos”.

Esta comunidade crê também que a origem do homem está no centro de África (por ter encontrado lá os primeiros vestígios do ser humano ou artefactos assim parecidos) e evoluiu ao longo de milhares de anos. Essa evolução de que falo, pressupõe transformações que determinaram a hereditariedade (genes) e as características físicas ou fisiológicas. A evolução resultou assim no ser humanos que somos hoje.

O ser humano não teve origem num bom Adão e numa bela Eva, mas sim num grupo ou grupos humanóides, ou em vias disso, expandindo-se pelo globo. Falo do Neanderthal (que predominou a Europa e Ásia Ocidental e desapareceu há 30.000 anos aproximadamente), Cromagnon (que apareceu há cerca de 50.000 anos atrás), Homo Sapiens, de quem somos descendentes (homem moderno) e tantos outros de que alguns investigadores apontaram ser diferentes espécies provenientes do mesmo tronco, tal como os símios.

Nessa sua expansão geográfica crê-se que, de África, caminharam para Sul e para Norte, e já com os continentes ligeiramente afastados entraram pelo Norte da Ásia, atravessaram o Alaska (hoje assim conhecido e muito antes de Cristóvão Colombo lá ter aportado) e povoaram todo o Continente Americano.

Como mudamos de cor? Qualquer ser sobre a terra leva, em média, cerca de 80.000 anos (Conceptualmente conhecemo-nos há cerca de 5.000 anos, tempo insuficiente para o funcionamento de qualquer fenómeno biológico) para se transformar e baseia-se nas cópias genéticas que vamos sucessivamente passando às gerações seguintes, o clima e as características das regiões em que o ser humano habita.

Por exemplo, as narinas alargadas, o cabelo carapinha, físico esguio e a pigmentação são adaptações do ser humano (negros) às regiões tórridas de sol intenso e muito calor. Os seus primos do Norte da Europa (esquimós) têm cabelo liso, tom de pele acastanhada (pigmentada) para se protegerem do gelo (que também queima) e engordam para protecção do frio. Mais abaixo, os Nórdicos, têm cabelo liso e pele esbranquiçada porque não necessitam de se proteger do sol nem do calor e o clima frio (do gelo) tem outra dimensão. Etc. Somos de certa forma todos primos e primas…em 1º, 2º, 3º …21, 22º grau….. etc….. (Bryson, 2003).

Assim sendo, como posso entender a raiva do Hitler, a luta entre Católicos e Protestantes, a agressão entre Judeus e Palestinianos, o ódio entre “pretos” e brancos (cenas de racismo na Europa) ou brancos e “pretos” (cito o caso de Robert Mugabe e as herdades de descendentes de colonos no Zimbabwe)? O nosso próprio país que se diz não racista, está e esteve envolvido nisso. Lembremo-nos da expulsão dos judeus cujos descendentes foram figuras proeminentes nos países Nórdicos em vários campos do saber. David Ricardo (Inglês de descendência Portuguesa) no campo da Economia e tantos outros são exemplos disso.

Somos poucos os que ficamos indiferentes ou nos regozijamos que um filho ou filha se case com um “preto(a)”, quero dizer negro(a)?
Por isso, falar de raça, quando nos referimos à espécie humana, passará a ser, no futuro, autêntico disparate. “Deveremos referir cultura e o termo etnia deverá ser aplicado com muito cuidado”. (Étnico – é característico de uma região). “Etnia negra e etnia japonesa são formas mal disfarçadas de racismo”, continuando a ser a frase um autêntico disparate.

Daqui a milhares de anos, se o Homem permitir, seremos certamente diferentes porque mudamos completamente o nosso modo de vida e a nossa estrutura mudará também. A facilidade com que saltamos de continente para continente, a nossa vida citadina atribulada e turbulenta, o comportamento do homem e da mulher em sociedade, as novas tecnologias, a comunicação, etc. etc... é a alavanca para a alteração que se adivinha.

Deixamos de ser caçadores…e passamos a ser nómadas … egoístas, destruidores da natureza, abatemos os outros seres, somos cheios de manias, curiosidades… e odiamos os outros pelas suas características infinitamente pequenas e insignificantes, quando comparadas com as primeiras. Temos uma vida inteira à nossa frente e essa mudança não é para o nosso tempo nem sequer para o dos nossos bisnetos. Um dia todos mudaremos de cor. Descansemos… por agora porque não é para já...

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kkk_022.jpg



E agora, os tais versos:
“Amigo branco, algumas coisas deves saber:
Quando nasço, sou preto
Quando vou à escola, sou preto
Quando apanho sol, sou preto
Quando tenho frio, sou preto
Quando tenho medo, sou preto
Quando estou doente, sou preto
Quando morro, sou preto
E tu amigo branco?
Quando nasces, és cor-de-rosa
Quando vais à escola, és branco
Quando apanhas sol, ficas vermelho
Quando tens frio, ficas azul
Quando tens medo, ficas pálido
Quando estás doente, ficas amarelo
(Quando te zangas comigo, ficas verde
(Quando o Glorioso perde ficamos transparentes)
E quando morres, és cinzento
E és tu que me chamas pessoa de cor?

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<p><strong>Eu nem tenho palavras para uma introdução a este trabalho do Abel... Não tenho porque o acho simplesmente fantastico!

Sei que o Abel tem tido imenso trabalho, alias sei que nem sabe para onde se virar. A ele peço desculpa de não pôr uma musica portuguesa, mas achei que este video do Michael Jackson foi feito para ESTE TEXTO! Chama-se Black or White (Desculpem a qualidade, mas videos do MJ já não se encontram assim com tanta facilidade, sinais do tempo!)

Ao Abel quero apenas dizer... Benvindo, tinha saudades de te ler! Obrigada amigo!</strong></p>
width=100%><tr>align=center><BR><BR><img alt="mjackson1.jpg" src="" width="400" height="302" border="0" data-src="http://bbb.blogs.sapo.pt/arquivo/mjackson1.jpg" class="lazyload-item" /></BR></BR></tr>
<P>Ao ler uma agenda bolorenta (de 2001) do Ministério da Saúde, deparei com uns versos perspicazes que me deram o mote para o assunto, já largamente debatido pela sociedade global e, de certa forma, incompreendido por uma boa parte das gentes. Antes de o apresentar vou fazer uma reflexão.

Embora a comunidade científica não seja unânime quanto à definição ou identificação, as raças que conheço são: negra, branca e amarela, vista numa perspectiva do senso comum. Os antropólogos dividem a espécie humana em raça Mongolóide (grupo ancestral do Continente Asiático), Negróide (grupo ancestral do Continente Africano) e Caucasiano (grupo ancestral do Continente Europeu).

Podemos verificar assim que as pessoas são negras e não pretas (é significativa a diferença) como tristemente muita gente ignora.
Segundo a comunidade científica, o ser humano provém do mesmo tronco dos símios, sem que (como erradamente por vezes se diz) “sejamos forçosamente descendentes dos macacos”.

Esta comunidade crê também que a origem do homem está no centro de África (por ter encontrado lá os primeiros vestígios do ser humano ou artefactos assim parecidos) e evoluiu ao longo de milhares de anos. Essa evolução de que falo, pressupõe transformações que determinaram a hereditariedade (genes) e as características físicas ou fisiológicas. A evolução resultou assim no ser humanos que somos hoje.

O ser humano não teve origem num bom Adão e numa bela Eva, mas sim num grupo ou grupos humanóides, ou em vias disso, expandindo-se pelo globo. Falo do Neanderthal (que predominou a Europa e Ásia Ocidental e desapareceu há 30.000 anos aproximadamente), Cromagnon (que apareceu há cerca de 50.000 anos atrás), Homo Sapiens, de quem somos descendentes (homem moderno) e tantos outros de que alguns investigadores apontaram ser diferentes espécies provenientes do mesmo tronco, tal como os símios.

Nessa sua expansão geográfica crê-se que, de África, caminharam para Sul e para Norte, e já com os continentes ligeiramente afastados entraram pelo Norte da Ásia, atravessaram o Alaska (hoje assim conhecido e muito antes de Cristóvão Colombo lá ter aportado) e povoaram todo o Continente Americano.

Como mudamos de cor? Qualquer ser sobre a terra leva, em média, cerca de 80.000 anos (Conceptualmente conhecemo-nos há cerca de 5.000 anos, tempo insuficiente para o funcionamento de qualquer fenómeno biológico) para se transformar e baseia-se nas cópias genéticas que vamos sucessivamente passando às gerações seguintes, o clima e as características das regiões em que o ser humano habita.

Por exemplo, as narinas alargadas, o cabelo carapinha, físico esguio e a pigmentação são adaptações do ser humano (negros) às regiões tórridas de sol intenso e muito calor. Os seus primos do Norte da Europa (esquimós) têm cabelo liso, tom de pele acastanhada (pigmentada) para se protegerem do gelo (que também queima) e engordam para protecção do frio. Mais abaixo, os Nórdicos, têm cabelo liso e pele esbranquiçada porque não necessitam de se proteger do sol nem do calor e o clima frio (do gelo) tem outra dimensão. Etc. Somos de certa forma todos primos e primas…em 1º, 2º, 3º …21, 22º grau….. etc….. (Bryson, 2003).

Assim sendo, como posso entender a raiva do Hitler, a luta entre Católicos e Protestantes, a agressão entre Judeus e Palestinianos, o ódio entre “pretos” e brancos (cenas de racismo na Europa) ou brancos e “pretos” (cito o caso de Robert Mugabe e as herdades de descendentes de colonos no Zimbabwe)? O nosso próprio país que se diz não racista, está e esteve envolvido nisso. Lembremo-nos da expulsão dos judeus cujos descendentes foram figuras proeminentes nos países Nórdicos em vários campos do saber. David Ricardo (Inglês de descendência Portuguesa) no campo da Economia e tantos outros são exemplos disso.

Somos poucos os que ficamos indiferentes ou nos regozijamos que um filho ou filha se case com um “preto(a)”, quero dizer negro(a)?
Por isso, falar de raça, quando nos referimos à espécie humana, passará a ser, no futuro, autêntico disparate. “Deveremos referir cultura e o termo etnia deverá ser aplicado com muito cuidado”. (Étnico – é característico de uma região). “Etnia negra e etnia japonesa são formas mal disfarçadas de racismo”, continuando a ser a frase um autêntico disparate.

Daqui a milhares de anos, se o Homem permitir, seremos certamente diferentes porque mudamos completamente o nosso modo de vida e a nossa estrutura mudará também. A facilidade com que saltamos de continente para continente, a nossa vida citadina atribulada e turbulenta, o comportamento do homem e da mulher em sociedade, as novas tecnologias, a comunicação, etc. etc... é a alavanca para a alteração que se adivinha.

Deixamos de ser caçadores…e passamos a ser nómadas … egoístas, destruidores da natureza, abatemos os outros seres, somos cheios de manias, curiosidades… e odiamos os outros pelas suas características infinitamente pequenas e insignificantes, quando comparadas com as primeiras. Temos uma vida inteira à nossa frente e essa mudança não é para o nosso tempo nem sequer para o dos nossos bisnetos. Um dia todos mudaremos de cor. Descansemos… por agora porque não é para já...

width=100%><tr>align=center><BR><BR><img alt="kkk_022.jpg" src="" width="400" height="300" border="0" data-src="http://bbb.blogs.sapo.pt/arquivo/kkk_022.jpg" class="lazyload-item" /></BR></BR></tr>

E agora, os tais versos:
<strong>“Amigo branco, algumas coisas deves saber:
Quando nasço, sou preto
Quando vou à escola, sou preto
Quando apanho sol, sou preto
Quando tenho frio, sou preto
Quando tenho medo, sou preto
Quando estou doente, sou preto
Quando morro, sou preto
E tu amigo branco?
Quando nasces, és cor-de-rosa
Quando vais à escola, és branco
Quando apanhas sol, ficas vermelho
Quando tens frio, ficas azul
Quando tens medo, ficas pálido
Quando estás doente, ficas amarelo
(Quando te zangas comigo, ficas verde
(Quando o Glorioso perde ficamos transparentes)
E quando morres, és cinzento
E és tu que me chamas pessoa de cor?</strong><Anónimo>
width=100%><tr>align=center><BR><BR><img alt="mjackson2.jpg" src="" width="400" height="302" border="0" data-src="http://bbb.blogs.sapo.pt/arquivo/mjackson2.jpg" class="lazyload-item" /></BR></BR></tr>

Bibliografia que inspirou e baseou algumas das inserções ao tema
Jones, Steve (2002), Y A Descendência do Homem, Gradiva, Lisboa
Bryson, Bill (2003), Breve História de Quase tudo, Quetzal Editores/Bertrand Editora, Lda, Lisboa</Anónimo>
<P><STRONG>Abel Marques</STRONG></P>
</P>
29
Jan06

Insatiable

Cereza

Depois de um fim se semana agitado com o futebol, a neve, e a viviane... ou direi ante os DURACELL... voltamos á calma de um lindo texto!


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Ás vezes sinto a tua alegria a arrefecer. Sabes , é fácil habituarmo-nos ao silêncio quando nao existe ninguem que faça barulho. Tentamos "afogar-nos" nas recordações, nos dias de:" Era uma vez..." ou nos amores e desamores vividos.

A ilusão de que até somos capazes, não passa disso mesmo, uma ilusão. Mas acabamos por nos habituar. É como o Amor, tentamos arrumá-lo de uma vez., mas surge sempre um novo para quebrar este silêncio.

E, de repente entra uma pessoa na nossa vida, sem pedir licença, instala-se e vive connosco. Apercebemo-nos que acorda e adormece ao nosso lado. Faz-nos chorar e rir. Desperta em nós o que pensávamos adormecido e damo-nos conta da nossa possevidade.

Passamos a dizer : És meu! Encenamos respostas inocentes, quando nos apetece é dizer: Quero estar contigo, sentir-te dentro de mim! Cuidamos que somos suficientemente fortes para não o dizer. Apenas o pensamos, porque nos falta a coragem de dizer: Fode-me!

Mas a intensidade do acto conduz-nos, por vezes, que nao nos basta apenas o sermos possuidas ou possuirmos. Não se conta com o depois. Existe uma escolha? Não existe nada! dir-me-ão. Não há retorno porque existe a escolha. Escolhi-te! Desejei-te e tu a mim ! Mas pode não haver retorno... Como pode não existir a escolha?

Olho para ti e não sorris. Tentas mas não sorris e como é bom ouvir e ver-te rir. Tento não me viciar em ti. Sou uma pretensiosa incurável . Já nao sou capaz de acreditar em ti só como amigo. Porque te escolhi? Porque quero estar ao teu lado ? Simples, porque existe um sem numero de vozes que já não sou capaz de ouvir.

Até já ...


Constancinha


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girl_salma_hayek007 copy.jpg


( Esta é uma das musicas que mais mexe comigo, é linda. Chama-se "Insatiable" )

Turn the lights down low
Take it off
Let me show
My love for you
Insatiable
Turn me on
Never stop
Wanna taste every drop
My love for you
Insatiable

28
Jan06

Ai sim?

Cereza

Desinspirados? Olha que engraçado... acho que isso se pega!
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elemc-lingerie2 copy.jpg

Também estou nesse estado! Porque será?


(Agora estou a escrever depois do jogo Benfica - Sporting)
Já estou inspirada!!!!!!
Já agora SPORTINGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG :p

Acho que ali a rapariga de lingerie VERDE está a depenar uma agui... ops ... frango!!!

27
Jan06

Olhando-me ao espelho

Cereza

Não é necessária introdução, já todos passamos por momentos muito dificies na vida! Felizmente temos sempre um companheiro que nos ajuda: o tempo


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clown1.jpg clown2.jpg

Olá meus senhores, uma boa noite para todos!

O meu nome é palhaço...
sim, palhaço, tal como todos vocês
Palhaço de penas e vidros no coração
Pastilha humana mascada até a ultima gota de sabor

«SANGUE!!»- Também...
Hoje sou o vosso palhaço de serviço
Hoje sou tal como todos os dias
A merda que atormenta a todos os momentos
estou ao vosso dispor nas entranhas da vida
Sufoco-me aos poucos neste corpo que me prende
Não consigo passar sem o meu vicio
só estou bem quando ela me corre pelas veias
Vicio atroz de palavra amor
Desejo morrer sem ti
longe daqui
Desejo matar quem nunca matei
mas quem sempre me matou

«CHORA!!»sim choro...
Sou o palhaço triste
Mas não tenho pinturas
Um último chuto no meu vicio
Antes que as veias se quebrem por si mesmas
Antes que o amor que me resta
acabe comigo
Não tenho medo
não tenho receio

«SAI DAÍ PALHAÇO!!»Alguém gritou...
alguém que não gosta de me ver no palco

«ÉS UM PALHAÇO TRISTE E POBRE»...isso todos nós somos...
Dá-me uma esmola
Entra dentro de mim e acaba com o que resta
Acaba o teu trabalho

«DESTROÍ O TEU PALCO»Lanço-me na arena
Lutando contra todos os monstros e feras


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DANCEFLOOR copy.jpg


«DEIXA-ME VIVER EM PAZ!!»Não é permitido jogar com as vidas
não nos autorizam a matar,
não nos deixam viver sem a condição de palhaço,
do nosso circo sem espectadores


«GRITA!!»- Ninguém me irá ouvir, apenas um eco...

«MATA!!»- Não existe ninguém para matar...

«QUEIMA!!»- Simplesmente as recordações...

«LARGA!!»- Não abraço a vida, é ela que me agarra...

«COSPE!!»- Apenas as fagulhas da forja...

«VÊ!!»- Não me é permitido olhar...

«MORRE!!»- Só depois de ti...
Enquanto tiver o prazer de sentir
enquanto puder dormir
Saboreio o ódio e a raiva
Palhaço no desemprego
Vivo de recortes da vida
que não passa de um jornal
húmido e cinzento

«ÉS INJUSTO!!»Exacto, igual a ti...

«ÉS DEMONIO!!»Sou o teu pai também...

«ODEIO-TE!!»Eu também te adoro meu filho...

«PORQUE ME TRATAS ASSIM?»Porque te olhas ao espelho

«QUEM ÉS TU?»Tu...


Marco Neves
6 /Mar/01

olhos.gif


Long distance - Turin Brakes (dedicated to two dear friends):

"...I’m burning to get there,
The middle of nowhere,
Storm warnings flicker while,
The world’s turning,

I let somebody get under my skin,
Long distance losing is all that I’ve seen,
Now there’s a river,
Now there’s a river.

I let somebody get under my skin,
Long distance losing is all that I’ve seen,
Now there’s a river..."

26
Jan06

A hora do Vinil

Cereza

Só espero que vossa inspiração tenha voltado!


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dance1.jpg dance2.jpg


Quem não se lembra das míticas cassetes que colocavamos nos nossos antigos leitores para ouvir o maravilhoso som que saia das colunas enquanto a cassete rolava?
Quem não se lembra das lendas dos discos em formatos 33 e 45 que giravam no prato do gira-discos?



Quantas vezes nós ficavamos irados com uma cassete, que podia ser a nossa favorita, quando esta ficava passada na fita e encalhava na cabeça do leitor, enrolando a fita toda?
Era abrir o leitor e ver a cara de espanto e de tristeza enquanto tiravamos metros e metros de fita remoída e mastigada! Ou quando nós queriamos ouvir a primeira música dum dito disco e o catano do braço da agulha recusava-se a tocar aquela... passando imediatamente para a segunda musica, ou mesmo recusando-se a tocar!


Ora bem este post irá dar uma volta às urmas do tempo para relembrar esses tempos idos, para nos esquecermos um pouco dos DVD’s, miniDVD’s ou mesmo dos CD´s e leitores de MP3 e MP4.


O maior impulsionador dos discos foi sem duvida a radio.
Com a ascensão de músicas locais, como o folk ou o folklore, a radio como insdutria já estabalecida como um dinamo ao entretetimento apoiou a tecnica de gravação em disco.


As pessoas da altura podiam comprar as quase lendárias grafonolas para ouvir os seus discos de musica favoritos. O aparecimento de grupos musicais multiraciais, como o Jazz e o Blues, a musica country e os baladeiros Pop necessitou-se de criar um termo que ainda hoje lhe chamamos de “Bandas” e a industria do entretetimento impulisionador ou foi implusionada através da radio, e as miticas grafonolas iam dando lugar aos, não menos iguais, gira-discos.



Já se podia ouvir um lado A e lado B, o dobro do prazer! A evolução do giradiscos e dos métodos de gravação foram incriveis com a chegada do Rock n’roll, Soul, o aparecimento inicial do Surf. O aparecimento de dois formatos ( formato 33 e formato 45) e o alargamento das pistas tornou o disco muito usado, mais pelos jovens!



A partir dai foi dar largas à imaginação, e com a adesão publica à televisão e ao cinema (que já existiam) a industria do entretetimento tornou-se no que é hoje... uma industria necessária à vida humana, diria até essencial!
Hard-Rock, Rhythm, Pop ligeiro, Jazz-Rock, Reggae, e entre outros estilos e variedades musicais necessitavam de uma outra tecnologia que fosse mais “portátil”, a cassete. Já se podia piratiar. (Claro que apareceu os desmancha-prazeres dos Copyright e direitos de autor mas os jovens fizeram o que nessa altura rebelde se aplicava: “yah ok... vou gravar uma cassete com aquele disco e já venho!”)



Na década de 70 apareceu uma tecnologia e uma tecnica de gravação que, num futuro próximo iria colocar o fim das vidas à cassete e aos discos de PVC, o Compact Disk (CD). Mas foi uma ‘morte’ de longo prazo e oficializada porque os ditos utilitários fonográficos, apesar de moribundos, ainda resistem a uma morte oficializada mas não declarada.


Quem não tem as tais cassetes que tanto ouvimos guardadas, ou os discos dos ABBA, LED ZEPPELIN, GLORIA GAYNOR, DEEP PURPLE, BONEY M, ELVIS, BEATLES, BEACH BOYS, THE DOORS, THE WHO, THE ANIMALS e tantos outros artitas e bandas nas estantes a ganhar pó?
Eles não morreram, eles existem guardados no tempo actual... à espera de serem tocados mais uma vez! Merecem o respeito e carinho... modificaram gerações, ideais, principios, e o próprio destino temporal da humanidade.


Com tanta desgraça gerada à nossa volta, achei que era necessário relembrar algo que nos era querido, e que foi esquecido. Nada melhor que nos lembramos dos tempos em que muitos de nós passavam horas a fio ao lado de um leitor de cassetes ou de um gira-discos, muitos minutos perdidos no tempo dedicados a eles por causa da magia que estava E AINDA ESTÁ embutida neles!



Suicidal Kota

24
Jan06

Comentário ao Conto

Cereza

Obrigada a todos pelos comentarios aquela "coisita" que eu escrevi, Lol. Mas gostei especialmente do comentário do Suicidal Kota, e acho que sinceramente deve ser comentado!

Entretanto já tinhamos falado em fazer um conto "a várias" mãos... Penso que aquele que escrevi serve perfeitamente para começar. Quem quiser pode pegar nas minhas últimas palavras e escrever o segundo capitulo!

Para já tenho de pouco a pouco ir juntando os posts para fazerem sentido. Quando passarmos para uma "casa" só nossa... aí sim teremos um local só para o conto.

Entretanto quero que saibam que vamos ter muitas outras iniciativas! surpresaaaa!

Já agora, só mais uma coisa... podem começar a mandar os vossos textos, pq para ter um blog diário... não há criatividade que resista!


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Enquanto o regojizo de uns é a impaciência de outros... como se tratasse de uma maldição! Raios e coriscos grita a alma por dentro ao ver um corpo nú, isento de movimentos bruscos.


Ora vem outra possessão, e mais uma e mais uma até se chegar ao limite de uma ruptura física! Corpos humanos à luz de uma noite que só de si marca a magia e as trevas. A batalha do amor e da paixão é eterna e jamais deixará de atormentar almas mortais. Apesar de a dor ser aliviada por breves instantes... esta mesma dor percorre nas veias de quem deu e ofereceu a nós nesse instante.



Mais uma laceração de uma adaga que mais parece uma guilhotina em constante trabalho. De luzes cinzentas e manchas coloridas de aguarelas na alegria e no calor da noite, no regojizo pessoal e bilateral... à frieza ensanguentada de um punhal em fúria durante um instante por mera ganância. Manchas estas de um brilho negro a um luar, que de dia se tornam num vermelho seco.


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Suicidal Kota

24
Jan06

Pequeno Conto: Pela ultima vez

Cereza

Eu avisei, não tenho jeito para este tipo de texto... mas aqui vai! Ai!

                  



De joelhos implorou que se fosse embora.
Gelada e perdida na imensidão do quarto, chorou ao pensar no que viria a seguir.

O corpo dele sobre o dela, tinha a dor de setas, punhais, facas e lanças, que derrotavam todas as suas defesas. Ela era a sua derradeira conquista.

Com a lingua decifrou os poros, um a um.
Com as mãos decifrou os medos, um atras do outro.
Com o olhar guardou os gritos, gemidos e silêncios.
Conhecia os seus abismos, e tomou-a de uma só vez, e por inteiro.


Enquanto voltava a explorar os lugares mais reconditos do seu corpo, segredava-lhe:
- Envolvo-te nesta teia que pacientemente construo, aprisono-te a mim neste gélido e derradeiro momento.
Ouve apenas a minha voz, neste cantico que para ti preparei.
Usufruir-te.

Minha presa favorita, retomo-te nos meus dentes, e neste chão de pedra, devoro-te de uma só vez, devagar, nesta solidão perfeita.

Não podes fugir.


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CC.jpg


Muito depois, levantou-se, olhou para ela, e com a voz presa e rouca disse-lhe:
-Não te movas, deixa-me olhar-te... ver o teu cabelo brilhar, os teus seios redondos de uma brancura candida e ultrajante.

Não ligues ao tremor da minha voz, quero recordar-te assim, indefesa e minha para a eternidade.


Ela... não sei como reagiu.


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DD.jpg


How can you see into my eyes like open doors
Leading you down into my core
Where I've become so numb
Without a soul
My spirit's sleeping somewhere cold
Until you find it there and lead it back home

(Wake me up) Wake me up inside
(I can't wake up) Wake me up inside
(Save me) Call my name and save me from the dark
(Wake me up) Bid my blood to run
(I can't wake up) Before I come undone
(Save me) Save me from the nothing I've become

23
Jan06

De Tomar a Fátima...

Cereza

A Queenie faz a sua prória intodução :)


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Olá,
Vi aquele texto sobre os avós e lembrei-me de ir à procura de algo que tem a ver com o meu avô materno. Fartei-me de mexer e remexer nas gavetas, até que encontrei o que pretendia.


Mas antes de tudo, passo a esclarecer o seguinte:
O meu avô pertence ao Grupo Caminheiros de Vila Real, do qual também foi fundador, há coisa de 40 anos. A faixa etária do grupo situa-se entre os 50 e os 80 e poucos anos. Isto, quando eu não estou com eles, eheheeh.


Começou a fazer ginástica por volta dos 2 anos de idade e ainda hoje, com 82, continua não só nas caminhadas (a passo de marcha), como ainda faz musculação num ginásio de uma faculdade e até em casa, onde tem algumas máquinas para o efeito. As caminhadas costumam ser por volta de Vila Real e arredores – isto, o circuíto – ou então, aventuram-se para mais longe, como Fátima, Tomar, etc, e, há uns anos, a Roma. Já antes disso, tinha ido a Lourdes.


Ele costumava escrever para o jornal “A Voz de Trás-os-Montes”. Fazia relatos das suas caminhadas, algumas passagens com bastante humor e verdadeiras. Cenas que aconteciam durante a sua passagem pelos mais diversos locais. Penso que já não o faz.
Eu tenho orgulho no meu avô. Sempre tive desde pequena. Ele é bastante culto e tem sempre interesse em saber a cultura dos locais por onde passava, juntamente com os companheiros de marcha.
Vou transcrever aqui um dos seus artigos que saíram no jornal que referi anteriormente.


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“De Fátima a Tomar – Pelo Dr. António Júlio Monteiro (30/05/1996)


No dia 27 de Abril, alguns Caminheiros regressaram a Vila Real, mas outros recém-chegados juntaram-se a nós às 11h e iniciámos a caminhada para Tomar. Este grupo incluia a Carmem, Mª Ângela, Ilídio, Gaspar, Américo, Pito, Euclides e eu. À hora do almoço chegámos a uma localidade com um nome estranho – PAFARRÃO – e entrámos no Restaurante Palhinhas. Pouco depois, tornou-se evidente que nos tratavam com grande afabilidade. O mistério só foi decifrado quando o Sr. Teófilo se apresentou como primo do Carlos de Sousa e disse que o Sr Henrique de Sousa casara em Pafarrão onde vivera alguns anos antes de ir residir para Vila Real.


A inscrição CAMINHEIROS DE VILA REAL nas nossas camisas de desporto e nos impermeáveis foi o “abre-te, Sésamo” da simpatia daquela boa gente.


O sr. Teófilo recordou que o sr. Henrique de Sousa levara para aquela terra o primeiro automóvel, o que foi motivo de grande regozijo popular. Fizeram muitas fotografias, tendo sido uma delas reproduzida em azulejos. O quadro figura em lugar de honra em casa do sr. Teófilo.


O Carlos contou-me uma saborosa história. Quando pilotava um avião de Lisboa para Vila Real acompanhado do pai, o sr. Henrique de Sousa disse ao filho que aterrasse.
-Não é possível, pai.
-Levei o primeiro carro para Pafarrão e quero ser o primeiro a descer ali de avião. Aterra em qualquer sítio!


O Carlos deu umas voltas, mas não havia qualquer possibilidade de descer e lá trouxe o pai desgostosíssimo por não ter aterrado em Pafarrão...
Em Tomar, juntaram-se ao Grupo a Drª Adriana, a filha e a D. Lucinda com os seus excelentes covilhetes que merecem honras imediatas.


No dia 28, tomámos parte do 8º Encontro Nacional de Caminheiros, com cerca de 600 participantes, um percurso de 18 km, chuva a potes e, no fim, a apresentação do Rancho Folclórico e Etnográfico de Alviobeira. Este Rancho é extraordinário e, por si só, justificava a deslocação a Tomar – 334 km a pé!
Vila Real, 16-5-96”


Queen_Akasha

22
Jan06

"If you don´t know me by now"

Cereza

Já tinha este post preparado há alguns dias... aqueles dias em que não estamos inspirados, sabem como é? Pois a falta de inspiração continua.

Apeteceu-me apenas pôr este video, desta magnifica musica. Ainda tentei escrever qualquer coisa, talvez um "pseudo-poema", mas é escusado! Não tenho mesmo jeito!
Seja como fôr ouvir este: "If you don´t know me by now" é já por si, um poema!

Sempre adorei Simply Red, e então desde que vi o concerto deles aqui em Lisboa, fiquei mesmo fã. O vocalista Mick "Red" Hucknall tem uma voz sublime... e ao vivo, é tal e qual o que aqui ouvimos, sem tirar nem pôr!

Lanço um desafio... quem quiser, pode escrever o que o que entender sobre esta musica.... um poema, uma prosa, até um palavra... eu depois publico neste mesmo post!

Ahhh não se esquecam que a erina fez anos ontem... está no post abaixo!


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sadness.jpg


"...If you don't know me by now
You will never never never know me

We've all got our
Own funny moods
I've got mine,
Woman you've got yours too
Just trust in me like I trust in you
As long as we've been together
It should be so easy to do
Just get yourself together
Or we might as well say goodbye
What good is a love affair
When you can't see eye to eye

If you don't know me by now
You will never
Never never know me."


i-want-you_10.gif



"...acho que poucas pessoas me conhecem, como eu sou na realidade uma delas é o Flyman!!! "Just trust in me like I trust in you As long as we've been together..." um beijo muito especial para o meu jardineiro :)) *
^Erina^
@ janeiro 22, 2006 01:48 AM

"...Sou eu, alguém que me é estranho e ao mesmo tempo sou eu... Como posso esperar que alguém compreenda isto? Como esperar que me entenda alguém completamente se nem eu sei ser o que sou? Só posso pedir um pouco de confiança e paciência que é isso que terão de mim. ...
Bárbara (Narag)
@ janeiro 22, 2006 02:51 AM)

"O amor é traiçoeiro, avança silenciosamente de pequeno nada em pequeno nada, as frases enormes só carimbam o que já existe. Por isso em todo aquele tempo dissera uma vez que o amava e não tinha a certeza se a ouvira, murmurara-lho ao ouvido em momento de surdez abeçoada..."
vanessa
@ janeiro 22, 2006 01:08 PM

"Desculpa se me conheces e me vês, mas me desconheço quando me queres saber". Porque simplesmente nem eu sei quem sou, quando tu teimas em saber o que serei.
_SecretSmile
@ janeiro 22, 2006 11:46 AM

"...É que as pessoas que melhor me conhecem,não me fazem perguntas..apenas sentem."
marta
@ janeiro 22, 2006 10:44 AM

"O homem sabe muito de si, dos outros e do mundo que o rodeia, mas não entende nada..."
luadourada--
@ janeiro 22, 2006 02:15 PM

"Como será pensarem que conhecem sem conhecer, sentirem sem o sentir, amarem sem amar, viverem sem estar vivos?!"
Majoca
@ janeiro 22, 2006 06:33 PM

"A força de cada um é potenciada e se os dois estão realmente unidos em atinjir um fim, serão imparáveis. A sensação de querer e poder é inebriante e fácilmente atingivel."
flyman
@ janeiro 22, 2006 10:45 PM

"Nunca conhecemos os outros na totalidade, e ainda bem... porque é aí que reside o mistério e o fascinio de cada pessoa!"
Cereza

"No amor, aprende-se tudo de novo a qualquer momento e em todos os momentos..."
PatanisKa
@ janeiro 23, 2006 05:44 PM

"O importante não é conhecer. O importante é amar... incondicionalmente!"
Tex
@ janeiro 23, 2006 11:21 AM

"Eu ao fim destes anos todos, que pesam nas minhas costas penso que a pessoa que melhor conhece, sou eu mesmo, pena é que nem a mim próprio ás vezes me compreenda."
Carlos Murat
@ janeiro 23, 2006 08:20 PM

"Em relação ao assunto, até acho mais interessante haver algum mistério ;)"
WG
@ janeiro 23, 2006 11:14 PM







21
Jan06

Parabéns querida Erina!

Cereza

Não me vou alongar muito, porque a Erina já sabe bem o que penso dela. é minha amiga, e gosto muito, mas muito dela. Erina coisa mais linda....

Parabenssssss! Já sei que estás espantosa! Por isso sorriso no rosto! Erina fica aqui uma surpresa para ti! Um texto escrito por alguém muitoooo especial.


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Era uma vez uma flor

Era uma vez uma flor, nascida num 21 de Janeiro. Era Inverno no Hemisfério Norte. No Inverno também nascem flores. E apesar de nascerem no Inverno, não ficam a dever nada ás que nascem noutras alturas do ano. Esta era especial. Sem querer saber das estações do ano, estava sempre florida, num constante desabrochar para a vida.



Certo dia, um aprendiz de jardineiro viu-a e assim que ela se revelou aos seus olhos, ele ficou deslumbrado. Verdadeiramente encantado. Quis tomar conta dela, cuidar dela e com o tempo ela marcou-o primeiro na face, depois bem mais fundo. Ele nunca mais se quis separar dela.



Os anos foram passando. Apesar de secas e tempestades, e por outro lado talvez por isso, flor e jardineiro já pareciam um só. Quem os conhecia, não conseguia pensar num sem vir a ideia do outro. Era na realidade, como se fossem um só. Mas o mais fantástico ainda estava para acontecer.



Um dia a flor, como quase todas as flores, deu um fruto, que o jardineiro acolheu com todo o amor. No entanto, a flor que tinha dado o fruto nunca deixou de estar florida e o fruto foi crescendo e ficando cada vez mais bonito.



O jardineiro nunca teve a mais pequena dúvida como a sua flor era importante e especial. E apesar de continuar a ser aprendiz, colheu-a e plantou-a no seu coração, nunca mais daí saindo. O jardineiro transformou a sua vida num percurso com mais sentido.



Ainda hoje ele pensa nisso e pensará, enquanto existir aqui ou noutro lado qualquer.



Amo a minha flor. Um beijo para a minha flor.


Flyman


                  


It's not always rainbows and butterflies

It's compromise that moves us alongMy heart is full and my door's always openYou can come anytime you want

I don't mind spending everyday

Out on your corner in the pouring rainLook for the girl with the broken smileAsk her if she wants to stay awhileAnd she will be lovedShe will be loved

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