Uma sessão de Bondage, muito sui generis!
Parece que este blog está cada vez mais a atingir os objectivos que pretendo. As pessoas estão a reagir, e a querer colaborar para melhorar este blog. a Sinica mandou-me um texto pura e simplesmente genial!! Ainda pensei duas vezes em publica-lo, se calhar iria ferir a susceptibilidade de algumas pessoas, mas dúvido! Preparem-se para uma viagem alicinante!!!!
Sessão de Masoquismo...
Uma sessão de masoquismo, quase uma hora de perfeita agonia! Nem sei porque embarquei nesta sessão de sevícia física, juro que não sei! Será que sou uma sádica insolente e desconhecia-o? E no fundo até regozijo com isso? Se bem que a sensação final é deliciosamente bela, isso sim! Mas dores terríveis, lancinantes, um terrorismo cruel no meu corpo que tão bem estimo. Lá deambulei até à sessão que estava marcada. Afinal eu nunca desisto de nada mesmo! Nem dormi nada na noite anterior, tal era a nervosidade.
Nem chá algum aliviou. Felizmente, sendo uma pessoa bastante liberal, fui à Internet, onde melhor do que nas páginas amarelas, encontra-se de tudo, e o mais interessante, pessoas adeptas de sadomasoquismo. Fascinante!
Falei com algumas delas sobre a minha aventura, os meus receios nesta sessão de crueldade, e foram de uma tal amabilidade a dar-me a coragem necessária, que cheguei a ficar comovida. E foram essas palavras de solidariedade que, apesar de não ter dormido bem, fizeram com que enfrentasse o dia e decidisse com firmeza que iria sim a essa sessão.
Não iria esquivar-me agora. Mas fiquei com a nítida sensação de que alguns deles, estavam a dizer nas entrelinhas; vai lá vai, e já vais ver o que é bom para a tosse! 0 nervosismo era tanto que fui de taxi, não ia conseguir conduzir directa à tortura e muito menos depois de sofrer as mazelas. Estava uma bela cachopa à minha espera, parecia um filme, daqueles de qualidade do Rocco, porque era toda messalina. Daquelas que o meu pai diria: já comi pior e não me fez mal! Bem, eu nunca trinquei uma tentante daquelas mas... Nasty... Nasty.
Ela tinha um charme tão intenso que a tornava apetecível. Tinha uma presença tão enigmática que a tornava desejável. Senti um calafrio de prazer enérgico quando as mãos dela tocaram no meu corpo, delicadamente, ao ajudar-me a despir, como se explorasse algo. Quando isto aconteceu, dei por mim com vontade de a beijar. Eiiii, que é lá isso de pensar que sou safista? Apesar dos preconceitos e tabus que ainda persistem, a verdade é que as fantasias eróticas existem, são parte integrante da vida sexual de homens e de mulheres, estimulam a libido e despertam os sentidos para obtenção de novas e excitantes sensações. E era precisamente isso e muito mais que aquela safada aos poucos parecia estar a fazer, mas só de imaginar a tortura que se seguia, é óbvio que perdi o tesão todo.
Num gesto delicado pega-me pela mão e indica-me uma tarimba, num cenário onde o branco imperava e um minimalismo confortável se fazia notar. Engraçado...Eu imaginava um cenário em vermelho, nem sei bem porquê. Ainda faltavam uns minutos para a hora marcada e eu já estava apavorada. Todos os objectos ali eram belos e mesmo as velharias não fugiam de um encanto particular, mas confesso que pouca atenção lhes prestei.
Estava a congeminar outras coisas para despistar o meu nervosimo. Sentia que tinha o destino marcado com as exigências de uma vida novinha em folha. Era mais do que um simples desejo, era uma necessidade! Ainda assim, foram mais que muitas as vezes que a olhei sem querer. De qualquer das formas, pouco ou nada mais havia para dizer entre nós. Plena de doçura, disse que me daria todo o tempo que precisasse para me libertar do que me afligia, que esperava o necessário, desejava-me livre! Libertei-me, fantasiei carícias, beijos e confissões obscenas abandonando-me em mãos desconhecidas, suaves, oferecendo o meu corpo a caprichos para não pensar no momento seguinte nutrido de sadismo. Teria no rosto a expressão sofredora de quem tem um orgasmo violento?
O tempo passou demasiado depressa e eis que chega o momento que eu estava, de alguma forma, a evitar no pensamento. Desta vez o olhar dela tornara-se observador e, eu seja ceguinha, se no seu sorriso não havia algo de destinatário. Retribuí a viragem de olhos e fiz de conta que não era nada comigo. Pegou-me na mão, num gesto muito meigo, meio ternurento, senti um pulsar diferente e o meu ritmo cardíaco alterou-se por inteiro, oh se alterou. Cá entre nós, eu estava apavorada!!!!! Senti os lábios dela mexerem-se perto do meu ouvido, tão perto do meu pescoço, tremi e quase me fui abaixo quando ela disse para ter calma, que não iria doer nada. Mas o pior estava para vir. Poucos segundos depois, tão poucos que fiquei baralhada, aparece uma outra, as mãos dela grandes e avassaladoras, seguram-me os ombros e de seguida a cabeça. Fiquei sem ver!
Ela sussurrou-me qualquer coisa ao ouvido que o nervosismo me impediu de escutar mas recordo-me perfeitamente de ter dito que sim. Estava mesmo tudo tramado, queria fugir dali. Mas já não era possível. Estava naquela alhada e teria de suportar. Só sei aquilo que ainda hoje recordo e que se acentua. Sentira-me triunfante e não mostraria qualquer arrependimento e muito menos medo. Quando ela se aproximou um pouco mais de mim, consegui sentir-lhe a respiração e o seu corpo quase em cima do meu e, bruscamente, esticou e afastou as minhas pernas.
Despoletei um reboliço de sensações. Até a música parecia hipnotizar-me. Mas depressa voltei à realidade.
Fechei os olhos para evitar sentir a dor e o sadismo daquelas pessoas no meu corpo, quando vi uma espátula de madeira naquelas mãos que minutos antes me tinham acariciado tão gentilmente e ao sentir aquela cera quente colocada entre as minhas pernas sem piedade alguma, umas pancadinhas e de repente um puxão violento que fizeram saltar as lágrimas dos meus olhos, numa vontade louca de gritar insultos, calúnias e demais impropérios, característicos de pessoas de pouco nível, quando ela diz: vês, não custou nada! Levantei-me, paguei e vim embora. Estava a depilação feita!!! Ahhh, tive um belo desconto por ter cartão VIP! Sinica (#30-50)
O que é que já ía nessas mentes perversas!?!? Lol