23
Mar06
Sapadas do Fly
Cereza
Bem, acho que tenho de dar uma justificação pelo que se passou... Na verdade eu reservava uma "surpresa" a todos aqueles que frequentam o UJ. O "closed" surgiu no seguimento dos problemas que me têm surgido com o Sapo. Acho que me passei por completo, quando migrei o UJ, para os novos blogs beta do sapo. Quando percebi que tinha perdido meses e meses de trabalho passei-me. Não é novidade para ninguém que o Sapo tem um péssimo serviço. Muitos de vós já sentiram isso, ao não conseguir aceder á pagina, ou aos comentários.
Agora, imaginem o meu desespero quando posto um texto... que me leva algumas horas a trabalhar... e quando está pronto para ser editado,o sapo vai-se abaixo das "canetas". Fico possessa, óbvio!
Então pensei parar, preparar um blog novo, e abrir num local só nosso, com cara lavada... mas estes comentários do Flyman, levaram-me a mudar de ideias, e a postar antes.
O novo blog está a ser trabalho, graças ao esforço do Guldan* .. Inicialmente vai começar por ter a parte gráfica igual ao anterior, e quando estiver a funcionar a 100 por cento... mudamos o visual, e vamos introduzir uma novidade... mas disso falarei mais á frente.
Muitos aqui falaram dos comentários... que tinha sido essa a razão pelo qual tinha fechado... pois bem, não foi... mas ajudou sim. Como já disse anteriormente, custa-me ver apenas meia duzia de resistentes a comentarem... e os outros a acederem ao blog, como se fosse um jornal que se lê pela manhã, e não deixarem uma palavra.
Podem dizer-me que a quantidade não importa... até pode ser verdade... mas é também verdade, que os blogs vivem dos comentários, que por vezes acabam por ser mais interessantes que o post em si!
Há também o factor de andar adoentada e desmotivada... sinto que tenho menos paciência para isto... mas também confesso que o UJ se tornou num vicio.
Dito isto, deixo-vos com o texto/comentário do Fly, sobre o dito encerramento do "nosso" blog.

Raios partam os sapos!"? Naquele momento não podia concordar mais com aquela interjeição, salvo, claro, a fabulosa excepção do meu amigo Cocas.
O Cocas continuou a explicação: "Estava eu a curtir o meu BM, quando depois de quase ter atropelado um banana dum primo meu que se atravessou à frente da meu carrinho, encontrei um tipo estranho a pedir boleia. Nem era homem, nem era sapo, e no entanto, ao mesmo tempo era as duas coisas. Naquele deserto, tive pena dele e dei-lhe boleia, mas o sacana ofereceu-me de beber do cantil dele como forma de agradecimento, e eu para não o ofender, aceitei, e o cheirinho a café, limão e canela era irresistível... Passado uns momentos adormeci e acordei aqui aprisionado nestas masmorras.
Quando os meus primos lá fora, o viram chegar, vieram todos contar-me o que se estava a passar. Como calculei o desfecho, coloquei aqui estes colchões e almofadas, não fosse dar-se o caso de vir a voar pela sala fora." Agradeci-lhe, e pedi-lhe para me explicar o que era aquilo tudo, o que se passava ali. O Cocas explicou-me então que o sapo-homem era um ser muito invejoso e cobiçava todo o valor das coisas que se destacavam da média, à qual ele na sua essência, não podia fugir, a não ser arranjando subterfugios desta natureza. Pois era ele que supervisionava os "blogs Sapo" e tinha descoberto um verdadeiramente fantástico. Tão bom, que queria ficar com ele só para si. Tudo se estava a tornar claro! "Cocas, vais ajudar-me?" perguntei. "Queria muito, mas não consigo ficar acordado mais do que uns breves intantes.
A porcaria da bebida que o sapo-homem me deu, tem efeitos secundários e permanece desde que aqui entrei. Aliás, já estou outra vez com vontade de dormir." Dito isto, caiu como se tivesse sido fulminado por um raio.
Aconcheguei-o no meio das almofadas e fui explorar a sala onde agora me encontrava. Por cima de mim, uma grande parede iluminava de vermelho o resto da sala. Era como se fosse um grande painel de neon, com muitos metros de altura por ainda mais de largura, rasgado por vários espaços brancos, na vertical e na horizontal.
No meio da sala, por entre uma neblina branca rasteirinha, muitas estátuas. Em fundo, parecia ouvir o som de uma música conhecida, mas de momento não a conseguia identificar.
À medida que ia chegando perto das estátuas, um calafrio percorreu os meus ossos. Aquelas estátuas pareciam gente verdadeira! Mais perto delas fui reconhecendo uma a uma. Sem dúvida! Eram eles! Os comentadores do UJ! Estavam petrificados, congelados, estáticos! O que poderia eu fazer para os salvar?
O Abel, com uma série de papéis e livros debaixo do braço, a preparar-se para receber um limão que a bruxa Morgaine se preparava para lhe atirar.
A Vanessa, frente a um computador dentro de uma sauna finlandesa. A Alic, a vir das compras com sacos da feira de Cascais. O Gambitt, a segurar a testa de modo pensador.
A Lua-de-Avalon, a olhar para o espaço à procura da sua irmã. A ^Erina^ a verificar as suas asinhas.
O Justin, sentado, com ar meio perdido. Um anónimo, a esconder com as mãos a placa de identificação que trazia ao peito.
O Carlos, a olhar para o infinito. A Morgaine Espancada, completamente desgrenhada, roupas rasgadas, enfim uma lástima. Morgaine Neruda, de pé, olhando para o lado, esfregando as mãos, ansiosa à espera do carteiro. A Maria, cheia de graça, de sorriso sereno.
A Dríade, com um olhar arisco, a tentar imaginar a próxima traquinice a aprontar.
Eu, não estava reflectido em lado nenhum. José Silveira, a botar discurso. A Cereza também lá estava! Até tu, Cereza!
Sukkub, a sair do seu leito de descanso. Encantos e Paixões, cheio de passarinhos e flores, a tocar pífaro. O Fonz, com um mapa na mão a perguntar a direcção para um restaurante que lhe tinham dito que era muito bom. O meu caro WG!.. não estava lá. Mas se estivesse estaria com uma grande bilha, a deitar água. Olhei em redor.
A parede encarnada, com os riscos brancos, afinal tinha uma mensagem escrita! "CLOSED"! Era o que os riscos brancos desenhavam no meio de tanto encarnado! Aquilo era medonho!
Naquele chão coberto pela neblina de gelo seco misturado com um bocadinho de água, era impossível ver mais símbolos de triângulos de "Play" ou "FastForward", ou outros quaisquer. Haveria algo para lá daqueles vidros vermelhos e brancos.
Estava ali aprisionado. Estava em crer que se não tivesse metido os dedos ás goelas, para regurgitar a substância inebriante que o homem-sapo me tinha dado a beber, há muito estaria a dormir, o que tornaria os meus esforços para sair dali, muito mais demorados, de forma que nem o uso de 4300 caracteres seguidos, me tornariam mais rápido na resolução daquela aventura.
Caramba, os meus amigos tranformados em estátuas, de certeza que se tinham deixado embalar pelo cheirinho e gosto da poção que estava no copo que lhes fora oferecido, e tinham emborcado tudinho! Mas agora o que me interessava era sair dali, salvando-os. Ainda pensei atirar o meu amigo Cocas de encontro ao painel irritante com a palavra "CLOSED", mas ele era de pano e de certeza que não partiria o sinal. Pensei, pensei, e... EUREKA! Como era possível, eu, flyman, ter-me esquecido de algo tão fundamental como a minha outra metade do meu nick!... PEGASUS, claro!
Assobiei com quanta força pude, de tal forma que nenhum som saiu e fiquei todo cuspido. Estão-se a rir? Os cavalos ouvem sons que nós não ouvimos, tal como os cães. Não sei se isso acontece com todos os cavalos, mas com o meu pegasus, acontece!
Nem trinta segundos se tinham passado. Ouvi resfolegar e som de cascos, bem como o da deslocação de ar pelo fechar de asas do meu cavalo alado. Um relinchar vitorioso revelou-me que estava a chegar ao final secante desta história toda. O pegasus estava do lado de lá daquele sinal de vidro "CLOSED"! Não era neon, era um vitral! "PEGASUS!", gritei eu, "dá um coice no "CLOSED"!" Ouvi ele a ajeitar-se. Por breves instantes, silêncio. Depois, BUM! TLIM! TLIM! TLIM!
Milhares de bocados de vidro vermelho e branco, tinham-se espalhado pelo chão fora, deixando entrar o sol nascente sala adentro. Aos poucos, iluminados pelos raios descendentes, todos os que estavam petrificados, gelados, estáticos, começaram a mexer-se. Era ridicula a quantidade de bocejos que se ouviam, resultantes desse início de atividade. Até o meu amiguinho Cocas se preparava para se levantar! Hurra! Eia! Salvos!... "Não tão depressa, meus caros..." Uma silhueta surgia no corredor. Era o arrepiante homem-sapo! Huuuuuuuuuuuu!!!!!... "Olha! era mesmo contigo que eu queria falar!" disse eu. "Anda cá, meu desgraçado, que eu já te mostro como se fazem filhoses." (a massa das filhoses tem de ser batida, para ficarem bem boas, depois de fritas (n.a.)).
Ante a minha confiança, escudada na presença de todos os meus amigos, do pegasus e do Cocas, o homem-sapo vacilou. Com uma vozinha mais trémula e fininha, começou a perguntar: "O que é que eu fiz?... O que é que eu fiz?... M... Mas o que é que eu fiz?...", Tive de responder-lhe: "És feio! És mau! Não tens amigos nenhuns que gostem de ti! Cheiras mal! És parvo, e agora vamos todos embora e nunca mais queremos saber nada de ti!"
Completamente combalido pela dureza e violência das minhas palavras, o homem-sapo capitulou. Ao capitular, foi diminuindo de tamanho, as roupas aristocráticas, cairam aos seus pés, aliás não eram pés, eram barbatanas, revelando-o em toda a sua verdade: era um sapo com pretensões a algo mais, sem importar quem esbarbatava! Saímos todos dali para fora deixando o sapo à sua sorte.
Forcei-me a não voltar para trás, não fosse ter pena dele. Ali seguiamos nós de frente para o Sol, iluminados por uma nova luz, que nos augurava os bons tempos que se avizinhavam! Fim/The End/Fin/Koniek/Finito Até que enfim irra! Estava ligado à corrente!...
Flyman
Pro: SAPO:
"...Oh now go,
Walk out the door
Just turn around now
You're not welcome anymore
Weren't you the one who tried to break me with desire
Did you think I'd crumble
Did you think I'd lay down and die
Oh no, not I
I will survive
As long as I know how to love I know I'll be alive
I've got all my life to live
I've got all my love to give
I will survive
I will survive
Yeah, yeah..."