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Era uma vez uma flor
Era uma vez uma flor, nascida num 21 de Janeiro. Era Inverno no Hemisfério Norte. No Inverno também nascem flores. E apesar de nascerem no Inverno, não ficam a dever nada ás que nascem noutras alturas do ano. Esta era especial. Sem querer saber das estações do ano, estava sempre florida, num constante desabrochar para a vida.
Certo dia, um aprendiz de jardineiro viu-a e assim que ela se revelou aos seus olhos, ele ficou deslumbrado. Verdadeiramente encantado. Quis tomar conta dela, cuidar dela e com o tempo ela marcou-o primeiro na face, depois bem mais fundo. Ele nunca mais se quis separar dela.
Os anos foram passando. Apesar de secas e tempestades, e por outro lado talvez por isso, flor e jardineiro já pareciam um só. Quem os conhecia, não conseguia pensar num sem vir a ideia do outro. Era na realidade, como se fossem um só. Mas o mais fantástico ainda estava para acontecer.
Um dia a flor, como quase todas as flores, deu um fruto, que o jardineiro acolheu com todo o amor. No entanto, a flor que tinha dado o fruto nunca deixou de estar florida e o fruto foi crescendo e ficando cada vez mais bonito.
O jardineiro nunca teve a mais pequena dúvida como a sua flor era importante e especial. E apesar de continuar a ser aprendiz, colheu-a e plantou-a no seu coração, nunca mais daí saindo. O jardineiro transformou a sua vida num percurso com mais sentido.
Ainda hoje ele pensa nisso e pensará, enquanto existir aqui ou noutro lado qualquer.
Amo a minha flor. Um beijo para a minha flor.
Flyman