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Urban Jungle

pensamentos, divagações e tangas da selva urbana

pensamentos, divagações e tangas da selva urbana

Urban Jungle

31
Jan05

Eu, anoréctia-bulímica me confesso

Cereza

Aqui fica um testemunho importante para mulheres e homens. Cada vez mais queremos ser como os modelos, corpos perfeitos, vistosos... sem dar importancia á saude. Uma anónima escreveu sobre o pesadelo que viveu!Mais um caso de Vida, neste blog.


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Pode-se dizer que tive uma infância feliz, apesar do divórcio dos meus pais, quando era ainda muito pequena.
Tive uma vida comum, como muita gente.Mesmo a adolescência foi uma vida sem grandes sobressaltos, tanto na alimentação, como no aspecto geral.
Não tinha qualquer brio em relação ao meu físico, de modo que se pode dizer que aqueles tempos eram bem felizes.


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Até ao dia em que, numa fase já susceptível à opinião que os outros têm de nós,principalmente no que toca aos amigos e família, começaram a chamar-me a atenção para o peso. Comecei, então, a remoer no assunto. E foi a pior coisa que fiz.
Comecei a olhar-me mais vezes ao espelho, a reparar que as raparigas magras vestiam tudo e mais alguma coisa, enquanto que em certas lojas, eu tinha dificuldades em arranjar roupa.
Algumas lojas de roupa têm culpa de incutir certas ideias às raparigas, porque,se formos a ver bem, umas calças tamanho 42 parecem 40, as de 40, 38 e por aí adiante. Há, até, lojas em que os nºs só vão até ao 38.
Ainda hoje, essa situação mantêm-se... vejo raparigas a tentar vestir um 38, por exemplo, quando deveriam experimentar o número acima. E chego a ouvir alguns resmungos do tipo:Tenho de emagrecer, senão, nada me serve.


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Aos dezasseis anos, resolvi começar uma dieta. Na minha mente, eu pensava:Se eu for magra, as pessoas gostarão mais de mim e deixarão de estar sempre a apontar-me o dedo.
Comecei a comer menos, a deixar de comer certas coisas como os doces, por exemplo e alguns fritos. Ao fim de algum tempo, comecei a emagrecer, lentamente. Mas eu não queria dessa maneira, queria que fosse mais rápido. Foi então que entrei no mundo das dietas, laxantes, diuréticos e produtos Milagrosos de emagrecimento rápido.
Almoçava, tomava laxantes, jantava, mais laxantes. E entre as refeições, chás de emagrecimento, ou ampolas. Comecei a comer cada vez menos, alegando que tinha tomado o pequeno-almoço ou o lanche a horas tardias. Ninguém se apercebeu.
Mesmo às refeições, acompanhada, arranjava sempre desculpas para só comer sopa e, se tinha de comer algo mais, já se sabe o que acontecia depois.
Ia emagrecendo e a gostar de me ver mais magra, a largar os números 44 e 42 (conforme os modelos), para passar a vestir o 40 e, pouco depois, o 38.
Usava t-shirts largas (isto passou-se no verão) para esconder a magreza e aí é que está a contradição da situação: se já se está magra, porque esconder isso? A resposta a isso, é: não para esconder a magreza, mas sim a suposta gordura. Uma anoréctica NUNCA se vê magra, nem que a espetem numa sala cheia de espelhos e lhe digam continuamente que está magra.
A anorexia é assim mesmo: retira-nos toda e qualquer percepção do real em relação ao corpo. Por mais magra que se esteja, a percepção em relação ao corpo é sempre distorcida da realidade.


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Consegui passar despercebida um tempinho, até ao dia em que ia dar uma volta de carro com a minha mãe e a t-shirt deslizou para o lado, mostrando os ossos, exactamente na altura em que ela olhou para mim para me dizer algo. Ficou horrorizada.
No entanto, não fui para um hospital, ou a um psicólogo, porque a anorexia nervosa não era tão divulgada como é agora e não foi levada com a seriedade com que o é actualmente. De modo que a cura foi colocarem-me os pratos de comida à frente com a frase: Não sais daí, enquanto não comeres isso tudo.Foi um martírio durante uns bons dias, mas depois acabei por voltar a comer com vontade. Mantive-me bem uns anos, embora tendo uns certos cuidados, mas comia de tudo.
Voltei a ter uma recaída devido a um comentário infeliz de um namorado, na altura, sobre o meu corpo do género:não achas que estás gordinha?
Há homens muito insensíveis... ou estúpidos. E se alguém tem uma baixa auto-estima, acredita, em vez de responder à letra, ou mandá-los ir dar uma curva.
Ficou a constante preocupação em relação ao peso, ou seja, de vez em quando recorria aos laxantes quando ia a uma grande jantarada e fazia excessos, ou a casamentos, ou apenas um jantar em casa de amigos.
Quando ia aos supermercados, estava sempre atenta ao número de calorias dos alimentos e bebidas, enquanto que a maioria das pessoas olha mais para os prazos dos alimentos.
Comecei a comprar manteigas light, sumos com metade das calorias,
cereais tipo fitness, barras energéticas como substitutas de refeições, etc.
Tirando os produtos da farmácia para adelgaçamento, celulite, etc.
Submeti-me a alguns tratamentos, como mesoterapia médica, dietas em que se tem nas mãos uma lista enorme... de alimentos que não se podem comer. Ora se eu já comia pouco, menos fiquei a comer, tais eram as restrições.Pensei em recorrer à lipoaspiração, mas tive algum receio, pois tinha ouvido falar em certas experiências que correram mal, pessoas que não só não ficavam bem estéticamente,como ficavam na pior, no que toca à saúde.


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Ao contrário da maioria das anorécticas, nunca tive aquela obsessão de me pôr a cozinhar frenéticamente e obrigar as pessoas a comer, ou de fazer exercício físico a todas as horas. Apesar da extrema preocupação, nunca deixei totalmente de comer. Tentava não chegar ao fim do dia sem uma maçã ou um prato de sopa no estômago. Nunca deixei de ter fome. As anorécticas, ao contrário do que se pensa, não se habituam a não comer. Apenas fazem esforços titânicos para não o
fazer. E quando não resistem à fome, sentem-se culpadas do que fizeram e toca a desfazer o que se comeu.


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De anoréctica, passei a bulímica e, mais tarde, passei a ser as duas coisas. Sim, isso é possível. E é também difícil de se resolver. Fui consultada por um bom psiquiatra, levei muito tempo para conseguir falar do meu problema, porque eu não o encarava como tal. No fim do tratamento fez-me prometer que não me pesasse, para não cair novamente em tentação. Cumpri a promessa durante três anos. Depois... adivinham, certo?
Andei a lutar contra isto durante uma boa década. Devido a isto, tinha depressões, a saúde oscilava, tinha mais problemas, não era particularmente feliz, embora aparentasse o contrário. Entendo perfeitamente as miúdas que passam por isto, porque, infelizmente,
estamos a viver uma época de sobrevalorização dos corpos magros e bem feitos, coisa que, devido à estrutura física de muitas mulheres e a carga de trabalho que têm, chega a ser impossível. Para se ter um corpo como as top models, há que se investir muito tempo e dinheiro. Ora nem toda a gente possui tal arcaboiço financeiro, ou dispõe de muito tempo para tratar de si. Ou, pura e simplesmente, a constituição genética põe entraves a isso. E, das duas, uma... ou se aprende a viver com o corpo que se tem - com isto, não digo que não se tomem certos cuidados, claro -, ou vive-se em contínuo sofrimento e abstenção de quase tudo, para conseguir ter um mínimo de corpinho bem feito e, mesmo assim, nunca se fica satisfeita com o que se alcançou. Além de que basta o mínimo deslize, para que as coisas descambem e voltem ao mesmo. É aquilo a que chamamos pescadinha
de rabo na boca.


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Espero que este meu testemunho ajude quem esteja a preparar-se para entrar em dieta porque não se acha bem, ou porque alguém apontou
algo. lembrem-se que, uma vez nisto, dificilmente se consegue sair ilesa física e psicológicamente. Ainda hoje continuo a lutar para não voltar a cair.

Não queiram isto. Gostem de si próprias!


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Anónima


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29
Jan05

"De Cara Maquilhada"

Cereza

Nada como evoluir! E aí estamos nós com mais umas coisitas, para tornar o blog bem mais interessante. Claro que não fiz nada disto sozinha, sou uma miséria nestas coisas. Quem teve o trabalho todo foi a Merylin Santos. Fez um trabalho fantástico, tal como o blog dela: Sccubus´s Blog em http://sukkub.blogspot.com/ ! Vale a pena visitar.


Bem acrescentamos uma "cabeça" ao blog: a foto será a imagem do "Urban Jungle".
Também foi posto as fases da lua, é que todos nós somos influênciados pela lua, por isso achei giro!
E temos finalmente os mp3! Ora a ideia dos mp3, é mudar a musica, conforme o texto publicado, de maneira que tenham algo em comum (claro, que nem sempre vai ser possivel) mas vou tentar fazer os possiveis! Para já o mp3 não está a 100 por cento, já que ainda não está totalmente instalado, e eu estou ainda a aprender a mexer nisto! Sorry! Assim sendo iremos conjugar texto, fotos e musica, para melhor sentir a mensagem que nos vai ser transmitida!


Lembro-me que este blog começou por ser uma pagina branca do sapo, sem qualquer sentido estético, depois levou um template novo, colocado pelo Cetus, e ficou fantástico... agora espero que esteja ainda mais bonito, e que gostem!


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Obrigada a todos! Aceito sugestões e criticas!

29
Jan05

O 'Anjo da Morte' e a família judia com sete anões

Cereza

Na sequência do ultimo post, deixo aqui um artigo que achei interessantíssimo que encontrei no Jornal de Noticias, escrito pelo jornalista Leonídio paulo Ferreira.
Sempre achei fascinantes estas personagens bizarras como Josef Mengel. São psicopatas sem dúvida, mas daí o fascinio! O nome Anjo da Morte assenta-lhe que nem uma luva, apesar de anjo não ter nada!


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(Mengel - Unidos. Os sete anões Ovitz em 1949 num campo de imigrantes em Israel)


Antes de morrer, a mãe dos sete anões Ovitz deu-lhes um sério conselho «Aconteça o que acontecer, mantenham-se juntos.» E foi o que fez essa família de judeus da Transilvânia, viajando por meia Europa, que pagava para ver, divertida, a maior família de anões do mundo. Quando chegaram a Auschwitz em Maio de 1944 os irmãos continuavam juntos - os sete anões e dois outros de estatura normal.



Alvo da risota dos soldados nazis, isso não impediu que os Ovitz fossem de imediato forçados a despir-se e enviados para um pavilhão que julgaram destinar-se a banhos. Quando o gás começou a ser sentido, começaram todos a gritar, contou por várias vezes Perla, a mais jovem da família e que morreu em Setembro de 2001 em Israel. De repente ouviram uma voz irritada perguntar «Onde está a minha família de anões?» Era Josef Mengel, o médico nazi que se celebrizou pelas suas terríveis experiências científicas com prisioneiros dos campos de concentração. A partir desse momento, os Ovitz ficaram sob protecção pessoal daquele a que os sobreviventes de Auschwitz chamaram "Anjo da Morte". E estavam todos vivos, e juntos, quando as tropas soviéticas libertaram o campo em finais de Janeiro de 1945.


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A incrível história da família Ovitz foi contada em livro em 1994 pelos jornalistas israelitas Yehuda Koren e Eilat Negev, graças ao testemunho de Perla, a última sobrevivente. Editado este mês em francês, sob o título de Nous étions des géants. L'incroyable survie d'une famille juive de lilliputiens (Payot), o livro teve honras de destaque na última edição da revista Le Nouvel Observateur, com os jornalistas Alain Chouffan e Catherine David a repetirem a eterna pergunta Porque salvou Mengel a família Ovitz?


As teses são várias e sempre relacionadas com a bizarra personalidade de Josef Mengel, que gostava de crianças e um dia terá confessado adorar a história de A Branca de Neve e os Sete Anões. Doutorado em Antropologia, com uma tese sobre as diferenças raciais, o médico nazi notabilizou-se em Auschwitz com experiências com gémeos. Depois de escapar por várias vezes aos Aliados, aquando da derrota alemã na Segunda Guerra Mundial, fugiu para a América Latina, tendo aberto uma loja de brinquedos na Argentina. Viveu nesse país longos anos, depois no Paraguai e no Brasil, escapando à perseguição da Mossad israelita. Morreu afogado em 1979 quando uma crise cardíaca o surpreendeu enquanto nadava. Só 13 anos depois as suspeitas sobre a sua identidade foram finalmente confirmadas, graças aos testes ao ADN.


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No seu laboratório em Ausch- witz, Josef Mengel examinou ao pormenor, durante meses, os sete anões judeus. Interessava-lhe especialmente a sua sexualidade. Ao mesmo tempo garantia que as suas condições de vida no campo eram suportáveis. Quando o Exército Vermelho se aproximou, o médico fugiu levando a documentação sobre os Ovitz. Estes, após uma breve passagem pela União Soviética, emigraram todos para Israel.

28
Jan05

Porquê recordar Auschwitz?

Cereza
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É um tema que me faz chorar o coração de dor, mas é-me igualmente um tema muito querido… não, não sou judia, nem tão pouco poderia ter passado o terror do holocausto… apenas há alguns anos atrás como já contei aqui neste blog, (em Outubro) visitei por acaso um campo de concentração nazi, e “senti” e “vivi” em mim a crueldade do ser humano. Nunca esquecerei esse dia, e nunca esquecerei o holocausto!
Por isso 60 anos depois da libertação de Auschwitz escolhi as imagens mais chocantes que encontrei para pôr neste blog… Para nunca mais nos esquermos deste crime da humanidade!


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60 anos depois das forças russas terem libertado o campo de exterminio nazi podemos colocar a questão: porque recordar auschwitz?
A resposta não podia ser melhor condensada, no testemunho do soldado russoYakov Vicenko, o primeiro a entrar no campo de concentração no dia 27 de Janeiro de 1945, diz ele:

“ Nem sequer nós que tínhamos visto , queríamos acreditar.
Esperei anos para conseguir esquecer, depois compreendi que isso seria comportar-me como um culpado e converter-me em cúmplice.”


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Só mantendo estas imagens vivas na nossa memória, podemos evitar ser cúmplices do horror que a humanidade pode gerar.
Sei por experiência própria, que poucos irão comentar este tema… é que falar de dor, ódio, e crimes assim não é tarefa fácil! Mas esta é a verdade, quer gostemos ou não! Nunca me calarei, enquanto viver!


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http://www.auschwitz.website.pl/


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27
Jan05

Os sinais que por nós passam...

Cereza

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Os sinais que por nós passam...

E que na ânsia de percorrer o que nós pensamos que é o nosso caminho, o correcto, acabamos por vezes por nos perder em pequenos detalhes. Já nem sequer ousamos levantar os olhos do chão, na esperança vã de que nada nem ninguém nos faça tropeçar, o que iria dificultar o nosso percurso.
Tentamos seguir em frente contra tudo e todos, uma direcção tantas vezes errada, que nos curva o corpo, mais parecendo que carregamos o Mundo.
Mas teimamos em continuar. Lutamos contra moinhos de vento, cavaleiros fantasmas e demónios fervilhando em fúrias de raiva, no entanto, e apesar de confrontados com sinais tão minúsculos , continuamos.
Sim, continuamos numa teimosia obstinada. Pensamos inconscientemente ao vê-los. Recusamo-nos a admitir que algo acontece porque é um sinal. Afinal, nada na vida acontece por um acaso...alguém surge no nosso caminho e ali fica, por tempo indeterminado, ao nosso lado, vive em nós (mas nunca fisicamente para sempre). Pequenos gestos, uma palavra aqui...outra ali, um sorriso, um sonho...
Tropeçamos...
Caímos... e uma vez de pé retomamos o nosso rumo , mas sem deixar de praguejar: Raios! Está tudo contra mim! Ninguém me entende! Mas que coisa ....começo a cansar-me! Depois, sem dúvida as interrogações: Mas porquê ? Sim porquê a mim? Que mal fiz eu? Será karma? Devo estar a pagar por algo que fiz no passado...
Como nos vamos tornando tão insensíveis ? Como somos capazes de ignorar quem e o que nos rodeia?
E os sinais, esses que nos passam à frente durante o dia, que surgem do nada, mais parecendo estrelas cadentes ... mas teimamos em continuar um caminho que nos magoa, que nos torna infelizes e no qual tentamos sobreviver.
Há que parar.
Porque havemos de persistir nesta estrada se o que, no fundo, andamos a fazer é percorrer atalhos tentando a todo o custo voltar à estrada principal que é a nossa Vida?
Onde temos o direito de ser felizes?


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25
Jan05

A minha cidade imaginada

Cereza
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Na minha cidade imaginada, as formas e as cores, são belas de morrer e não é difícil que o sejam, pois que são escolhidas por mim e não há outra perspectiva a considerar.

Todos os jardins da cidade, são semeados de sorrisos, flexibilidade e luz.
Vozes amigas iluminam qualquer recanto e as manhãs serão sempre jubilosas, sem espaços de solidão e esquecimento.

O ar, tal como a água é límpido e saboroso, agradável ao tacto e o perfume encantador, se bem que tenha dificuldade em imaginar um espaço assim com humanos pelo meio.
Não concebo ver ali seres humanos (é fácil calcular a rematada parvoíce que um tal desejo envolve).
Por definição, os humanos são grosseiramente poluentes e altamente irrecuperáveis.
Todavia, os mundos sempre foram feitos para seres humanos e eu devo incluí-los na minha cidade imaginada, mesmo contra-vontade, quase exactamente como se calculasse que a vão estragar implacavelmente.
Mas pode haver um tempo inicial, de frescura, onde tudo está ainda para acontecer. E é esse que me interessa definir. Depois talvez um dia...!?

Mas podem existir anjos na minha cidade. Os ruídos das suas asas serão harmoniosos e sinfónicos, constituindo o fundo musical apropriado. Todavia há outros sons, não apenas das vozes que iluminam os recantos, mas os sons naturais, dos pássaros e das borboletas, concebidos sem dor.
As melodias são fundamentais na cidade.

Eu, imaginadora, sou uma peça fundamental nesta engrenagem: se me perturbar por um minuto que seja, toda a cidade se desmorona e outra que invente será sempre outra.
Vou deixar as coisas assim. Esta escrita permite que a cidade exista enquanto ela existir; vou deixá-la até um dia em que a imaginação serenamente, sem correrias, me leve mais longe.


Tex

24
Jan05

Obrigada

Cereza
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Qual não foi o meu espanto, quando um dia fui ao blog do criador de sonhos, e vi lá um post escrito sobre o Urban Jungle! Claro fiquei babada, já que o criador é um dos comentadores mais assiduos deste blog. Criador, muito obrigada pelas tuas palavras!



AQUI FICA O POST QUE ESTÁ NO:http://apenasmaisumblog.blogs.sapo.pt/



janeiro 23, 2005
Urban Jungle - O blog da cereza
Bons dias,

hoje o post, é uma homenagem...

Homenagem essa a um Blog que visito todos os dias, mais que uma vez por dia, para dizer a verdade nem eu sei bem quantas, mas acreditem que muitas.

De certeza que alguns de vocês se perguntarão do porque dessas minhas viagens todos os dias ao mesmo local. Pois esse é o motivo desta homenagem.

Passo a explicar:

-É um local, onde tenho conhecido melhor muitas pessoas com quem falo todos os dias no mIRC, ali as conheço melhor pelas suas ideias depositadas, os seus comentários a inumeros e variados temas;

-É um Blog que não tem papas na lingua e fala de tudo, tal e qual a sociedade que temos, temos de tudo nela, logo ele fala de tudo... Amor, dor, paixão, comédia, entretenimento e ajuda;

-A frente dele, o blog, está uma pessoa que conheço apenas da net, mas que a tenho já como amiga, por muito que me tem ajudado, por todos aqueles que ajuda, não só no blog. No blog a ajuda dela tem sido muito importante, tem quebrado barreiras, tem permitido que muitas pessoas, se "libertem" e se mostrem e partilhem as suas alegrias e dores então guardadas.

-Neste cantinho, consegui através de alguns artigos "postados", rir, chorar... tirei duvidas sobre temas que não pensei algum dia as ter, descobri curiosidades, partilhei ideias...

-É um espaço aberto a todos, o espaço onde devo confessar, me perco por entre artigos e comentários.

É devido a tudo isto que eu achei que o minimo que poderia fazer por esse blog que tantas alegrias me deu e dá e vejo dar a rantas outras pessoas, que eu quero aqui deixar a minha homenagem e aconselhar-vos, nem que pela simples curiosidade, visita-lo e "entrar" dentro dele...

Cereza e todos os que dele fazem parte, como eu que o visitamos todos os dias, continuem...


Entra e Visita o "Urban Jungle"
Posted by super.bock at janeiro 23, 2005 01:38 PM


(Mais uma vez o meu obrigada a todos quanto fazem este blog)

23
Jan05

Amor/Paixão

Cereza

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Qual é o limite de uma paixão?
O que é uma paixão, este sentimento avassalador que uma parte razoável da humanidade tem horror, e não pode nem ouvir falar? Porque isto acontece? Será que viver uma paixão é o fim do mundo? Paixão mata ou faz viver?


Quando falamos em paixão, a primeira coisa que ouvimos como resposta, é alguém dizer que ela é efêmera, e não resiste ao tempo. Dizem estes sábios que só o amor é um sentimento digno e eficaz, o qual, segundo os que não acreditam em paixão, é duradouro, produz calma, acomoda-se bem nas estruturas familiares, e encaixa-se suavemente no dia-a-dia do casal moderno.



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Confundem o amor com um projeto vulgar de aposentadoria precoce das emoções humanas.
O tal amor calmo e tranqüilo, vai surgindo com o tempo, e vagarosamente distribui gotinhas de prazer no coração desses amantes da vida familiar, que não estão a fim de arriscar absolutamente nada. Tudo muito certinho, nada fora do lugar.


Pensando desta forma medíocre, eles tem razão, pois a paixão não se ajusta em lugar nenhum, porque ela é uma espécie de onda violenta, que vai levando tudo pela frente, um maremoto dos sentidos, onde a alma e o corpo desfilam na crista da onda do prazer.


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As pessoas que tem repulsa à paixão, não percebem que ela precisa de amor (seja ele de que espécie fõr) para poder sobreviver.
Talvez saibam disto, mas percebem que não têm amor bastante para ser colocado na fogueira das paixões, e por isso criam uma espécie de "firewall" dentro dos corações, a fim de impedir a entrada arrasadora de qualquer sentimento que não seja o puro e tranqüilo amor.


Paixão é uma mistura explosiva de todos os desejos que mexem com a cabeça de um homem e de uma mulher. No entanto, ela tem sempre que contar com os três elemento básicos, que são: Paixão = Amor + Sexo!


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Esta é a fórmula que leva homens e mulheres ao universo dos sentidos, mostrando que a vida precisa ser vivida com intensidade, onde todas as nossas sensações ficam a flor da pele, o prazer de amar nos consome o corpo todo, incendiando a alma, rasgando a carne, transformando o acto de amar num momento de fé.

Quando mergulhamos numa paixão, o que mais ouvimos são aquelas vozes do além, passivas e frias, gritarem para que todos ouçam: "Vão se perder, e as suas forças vivas".


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A coisa mais digna que existe no mundo, é um homem e uma mulher se entregarem à paixão. Tudo parece girar mais rápido, o universo todo fica mais iluminado. Olhares eléctricos, queimam os olhos dos amantes, incendeiam o coração, alteram o sistema nervoso, enchem nossos sentimentos de adrenalina pura.


Os movimentos ficam mais rápidos, mãos acariciam sem parar, lábios desfilam pela superfície da pele, corpos colam-se violentamente. O suor brilha na epiderme, como se fosse cristal líquido. Os sexos fundem-se, e se tornam um só. Gritos de prazer saem de dentro da alma, rasgando a carne de ponta a ponta, para festejar o orgasmo transcendental e carnal que invade o universo do prazer.
Alma e corpo beijam-se loucamente, querendo transformar aquele momento numa eternidade possível.


Mas....


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Mas como evitar esta mudança quando deixamos de estar apaixonados?
Durante a paixão as pessoas visualizam e sentem um parceiro ideal que na verdade... pode não existir! E quando a fantasia se dilui dá-se então o desencanto e talvez alguma raiva e frustração.
Trata-se de uma fase crucial em que tudo pode continuar ou terminar. Tudo depende da capacidade das pessoas em saberem respeitar as diferenças e em aceitar o outro com os seus defeitos ou limitações.



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Um á parte... reparem que as fotos contam a história de uma paixão louca... não sei é se tem um final feliz!

22
Jan05

Não existe mulher feia, existe MULHER POBRE!!

Cereza

O Heaven-hell mandou-me este mail, e confesso que fiquei impressionada, Terão de aumentar a imagem para ver melhor!


O Programa The Swan, da TV americana, promove uma espécie de concurso de beleza fabricada. Dezesseis mulheres já participaram dele e, ao todo, submeteram-se a 151 procedimentos cirúrgicos. Das nove finalistas, 100% fizeram plástica de seios, lipoaspiração e puseram facetas nos dentes. A vencedora, Rachel Love-Fraser, 27 anos, passou por nove tratamentos. Veja as fotos no arquivo anexo e comprovem que não existe mulher feia, existe MULHER POBRE !!!!!!




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21
Jan05

Até sempre Afonso!

Cereza

Não vou fazer nenhuma introdução a este texto, até porque não saberia o que dizer...apenas tenho a certeza de uma coisa, o Afonso é concerteza uma destas estrelas, que ilumina os nossos céus, e olha por ti minha amiga!


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Hoje haveria festa pelo teu 15ºaniversário se estivesses vivo.
Há 3 anos que me olhas daí de cima, todas as minhas duvidas
surgem por ti. Que pensarás?.... Que sentirás?...Que serei eu para
ti?....É por isto que vivo, é por isto que me levanto todos os dias,
dia após dia, a pensar que tem que ser vivido, sem te mostrar que
o que anseio é estar ao pé de ti.



Só tu sabes porque me lês os pensamentos..... hoje resolvi mostrar o
que me vai na alma.
Escrever é mais fácil, não sei sequer se irei carregar no ´´ delete ``
no fim, estou a lutar comigo para continuar.... Acho que tenho de
o dizer, talvez me faça bem!! Fazes-me tanta falta...nada mais
importa....ÉS TU.
As pessoas insistem em mostrarem-se em aparecerem em fazerem-se
notar, em entrarem na minha vida....Quero apenas que o tempo passe....
tu sabes!!



Todas as noites me ouves pensar e desejar que seja a ultima. Estou cansada ...
Quando amanhece obrigo-me a continuar, a procurar, a razão de ainda aqui
estar .
E assim passam os dias.... Sabes que vivo na ilusão de te
encontrar. Sinto que te estou a magoar, ao passar isto preto no
branco, se fosse apenas em pensamento já lhe teria mudado o
rumo, e tentado esquecer ,na ilusão de que não tivesses dado por
nada. Agora apercebo-me que sabes de tudo.....nada disto é
novidade para ti.


Deves estar feliz por eu estar a assumir o meu estado de alma.....
mais uma etapa...é isto filhote, por ti continuarei...
com a força que me for surgindo.

Até sempre Afonso
(Anónima)



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