Obrigada, obrigada... (já pareço a Amália) Obrigada por não se terem esquecido do dia do meu aniversário (infelizmente) ehehehe! Pois é... mais um aninho... Lembro-me quando era miuda, que adorava festejar o meu aniversário... eram sempre grandes programas com os amigos... agora, desejando estou eu que não me lembrem que estamos no dia 22 de Novembro! Ai é tão triste envelhecer! enfim...
De qualquer maneira quero agradecer os vários mails e textos que recebi para publicar neste dia!
Mas antes permitam-me oferecer uma prenda a mim mesma... este teledisco dos Reamonn... que adoro! A musica chama-se "supergirl" A minha música! ... beijo Guldan!*
Supergirl
You can tell by the way
She walks that shes my girl
You can tell by the way she talks she rules the world
You can see in her eyes that no one is her chi
Shes my girl my supergirl
And then shed say its ok I got lost on the way
But Im a supergirl and supergirls dont cry
And shed say its allright I got home late last night
But Im a supergirl and supergirls just fly
And then shed say that nothing can go wrong
When youre in love what can go wrong
And then shed laugh the night time into the day
Pushing her fears further along
And then shed say its ok I got lost on the way
But Im a supergirl and supergirls dont cry
And shed say its allright I got home late last night
But Im a supergirl and supergirls just fly
Then shed shout down the line tell me shes got no more time
Cause shes a supergirl and supergirls dont cry
Then shed scream in my face tell me to leave leave this place
Cause shes a supergirl and supergirls just fly
Shes a supergirl a supergirl
Shes sowing seeds shes burning trees
Shes sowing seeds shes burning trees
Shes a supergirl a supergirl
A supergirl my supergirl
Antes quero responder a esta nossa fã estrangeira... calculo que seja norte americana...Recebi este mail dela!
"Why, oh why, have I never learned Spanish so that I could understand the text that goes with these marvelous photographs? Why, oh why, am I not able to understand the words of someone who can create such visual pleasure via romance combined with just a touch of wicked cruelty?
And why, (oh why?) is it that one of my favorite songs by Prince is one of the few things I understand in your blog?"
Rebecca Ross
Hello Rebecca, thanks you for your gentil mail! I also ask myself why oh why can´t we all understand each other... everything would be much easier! Oh and don´t learn Spanish yaaak... Learn portuguese :) I live in Portugal... a beautifull country, next to Spain! A big kiss. and keep visiting us!
("You can see in her eyes that no one is her chi Shes my girl my supergirl...")
Agora sim, os textos dos meus amigos todos :)
Vê melhor quem vê com o coração. Também se engana e sofre desilusões, mas tem a suprema vantagem de ver coisas que os olhos não conseguem.
Não sei quem disse isto nem me importa, mas acho que se aplica à Cereza, aniversariante hoje, aniversariante todos os dias e que merece Parabéns a cada dia que passa, pela força que demonstra, pela tenacidade que põe nas coisas que faz, pela forma como se entrega a um projecto que, tendo nascido dela, agora é de todos.
Parabéns também pela paciência que tem para connosco. Pessoalmente agradeço-lhe por me permitir partilhar com ela a viagem que é a vida, esta vida sempre mais curta que comprida, fruto dos problemas do quotidiano. Mas é precisamente nestas ocasiões que sabemos quem são as pessoas... e eu sei quem é a Cereza, mulher emocionante, emocionada e emocionável... e é nesta dinâmica, de quem dá e recebe, que as amizades são feitas e construídas.
E eu orgulho-me de ter contribuído para esta construção com pedras, para solidificar, com areia, para deixar as marcas dos passos e com sementes, para que frutifique ainda mais. Parabéns Cereza.
Lua e amigos do UJ
("You can tell by the way she talks she rules the world...")
"Isto é o que nos acontece se nos armamos em parvos... e se a Cereza fôr de férias...
O texto original foi escrito e publicado em 2000 e posso prová-lo. Parabéns Cereza."
As férias de Deus
Deus tirou férias e deixou a corte celestial a substitui-lo nas tarefas administrativas. Tomar conta destes assuntos parece fácil, mas não é. Os anjos pensaram como os homens pensam relativamente às tarefas domésticas, por norma do pelouro das mulheres: faz-se tudo com uma asa às costas. Ora, como toda a gente sabe, os anjos têm duas e pensaram que, se com uma asa seria fácil, com as duas tudo se resolveria milagrosamente.
Ora, como toda a gente sabe também, patrão fora, dia santo na loja: os anjos ouviram as explicações de Deus, as recomendações, apontaram alguns contactos a ser feitos, mas assim que o Senhor abalou de ramas e bagagens começaram a voar de satisfação e combinaram, de imediato, fazer turnos de serviço, meios tempos, jornadas continuas, de modo a conseguirem tempo livre para tarefas menos angelicais.
Entradas no céu seriam poucas: morreria muita gente, é claro, mas poucos teriam condição de aceder à morada divina. O Senhor tinha tirado recentemente um curso de Segurança e Higiene no Trabalho e fazia questão de manter tudo imaculado.
Deus era bastante exigente: obrigava a que as camas, mesmo sem serem utilizadas, fossem mudadas diariamente, para a eventualidade de chegar alguém mais importante e poder encontrar uma cama acabadinha de fazer.
Deixara uma particular recomendação para que os extintores fossem verificados duas vezes por dia, não houvesse algum espertinho do inferno que se lembrasse de pegar fogo a alguma nuvem. Ele bem os conhecia, eram autênticos diabinhos, mas os anjos sempre tinham pensado que na eventualidade de haver um incêndio logo se descobriria pelo cheiro e pelo fumo, sendo desnecessária tanta preocupação.
Varreu o céu, era outra chatice: porquê diariamente se tudo era tão branco e puro e não se via um grão de pó?
Os anjos forma buscar o baralho de cartas do Senhor, que este mantinha sempre bem guardado e com o qual passava a vida a fazer paciências, e começaram a jogar para passar o tempo. Um deles trouxe também vinho e hóstias para petiscarem enquanto jogavam.
Era a primeira vez que se atreviam a tal; noutras ocasiões já tinham usado o espremedor de laranjas e uma vez serviram-se da casa de banho do Senhor, mas as cartas era a primeira vez que lhe se atreviam a mexer-lhes. Já as tinham visto muitas vezes, mas não sabiam jogar, de modo que inventaram algumas regras e criaram uma espécie de novo jogo. Porém, começaram logo a discutir sobre o valor de cada uma: Noé valia mais ou menos que Moisés? Quem marcava mais pontos, S. João Baptista ou S. Paulo, Maria Madalena ou santa Teresa de Ávila? Abel ou David?
Uns defendiam a proximidade ao divino, outros a vida mártir dos santos.
A discussão continuou, com as mais diversas alegações e argumentos a favor e contra cada nova proposta, e prolongou-se até não se sabe quando, pois no céu não há relógios e é sempre de dia.
que o Senhor sofria de manchas na pele e como se tinha esquecido do protector solar factor 30, mandou o Espírito santo buscá-lo. O Espírito Santo descontraidamente pôs-se a caminho mas a dada altura começou a ouvir a gritaria dos anjos e viu várias penas no chão, verdadeiras mechas, restos de asas, consequência da violenta discussão em que os anjos ainda se debatiam e que já tinha atingido proporções drásticas.
Espantado e boquiaberto, o Espírito santo escondeu-se, a fim de ver e ouvir o que estava a acontecer. Refugiou-se num reposteiro que dava para as nuvens em forma de sala de jogo, onde se travava a discussão. O lugar era bom, mas o Espírito santo, desde o dilúvio, quando lhe entrara água para os ouvidos, era um pouco mouco e não conseguia perceber tudo, tanto mais que os anjos falavam todos ao mesmo tempo e batiam com as asas, criando uma grande interferência, que não só impedia o Espírito Santo de ouvir como criou o tsunami que invadiu a Ásia.
O Espírito santo aproximou-se o mais que pode sem ser visto, mas não reparou que tinha pegado fogo ao cortinado com a sua eterna labareda.
No meio da discussão, os anjos dão conta dum avermelhado fumarento que vinha dos lados da Casa do Senhor.
Fogo! Fogo! Começaram a gritar em coro muito pouco angelical. Tentaram voar mas as asas estavam danificadas devido ao pugilato em que se tinham entretido. Imediatamente se ouve tocar a sirene que anunciava os ataques do inferno e surge uma nova discussão, para saber quem é que tinha ficado encarregue do plano de emergência para estas situações.
O fogo alastrava rapidamente e não tiveram outra alternativa senão provocar uma inundação, com a ajuda das nuvens que, logo ali, negociaram o que ganhariam com a aliança, pois isso implicava com toda a certeza, acontecer alguma coisa que não estava planeada como, por exemplo, Nova Orleães sofrer um furacão.
Os anjos estavam um pouco admirados pois, normalmente, quando os sacanitas do inferno resolviam pregar uma partida reivindicavam o acto, rindo-se deles e fazendo-os tropeçar uns nos outros, obrigando-os a cair, sujando-lhes as túnicas e molhando-os os longos e louros cabelos. Mas dos diabinhos nem sinal.
Como teria então acontecido esta desgraça?
Bem, era um pouco tarde para reflexões, tudo estava a arder. Os anjos, desasados, saltitavam, esquecendo-se que não podiam voar, e as nuvens faziam o seu trabalho quando, de repente, aparece uma figura grandiosa, vermelha, aos assopros, com raios à sua volta, e o céu quedou-se em silêncio, aterrorizado: era a primeira vez que o diabo em pessoa se apresentava no céu; agora já percebiam a origem a gravidade de tudo o que estava a acontecer, só podia ser obra dele próprio.
O gigante deu um grito bravo e estridente que fez estremecer o céu e deu origem a uma queda de neve que subterrou a Suíça, fazendo-a desaparecer juntamente com as contas bancárias.
Aquele grito soou familiar aos pobres anjos, parecia já terem ouvido aquela voz, aquele timbre: de Frei Hermano da Câmara não era, talvez do Padre Borga, ou...
Então fez-se luz: era o Senhor que estava de regresso de férias. Ficara vermelho porque o Espírito santo não lhe tinha levado o protector solar e ele exagerara nas exposições ao sol.
Contava ficar mais uns dias, o descanso sabia-lhe bem mas para além de estar preocupado com o Espírito santo, era um workaholic e desesperava sem noticias.
A sua fúria era tão grande, a danação era tanta que o próprio sol, causador daquela vermelhidão que assemelhava o Senhor ao inimigo, escondeu-se atrás da lua, com medo.
Ora Deus, nunca tinha visto a noite e não estava a habituado à escuridão, de modo que tropeçou numas asas que jaziam meios queimadas e caiu. Estendido ao comprido no chão, no meio de toda aquela porcaria, agiu ao sabor da ira, não num gesto premeditado e acabou com o mundo. Que o mesmo é dizer, com o blog...
A culpa é sempre do Espírito Santo.