Há dias assim… I
Há dias assim...
Olhar para trás e nada ver…
Sonhar com o futuro por dizer…
Viver na sombra do querer…
Estar apenas para esquecer…
Sentir as lágrimas a correr…
Fugir de mim para te ter….
Pataniska
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Há dias assim...
Olhar para trás e nada ver…
Sonhar com o futuro por dizer…
Viver na sombra do querer…
Estar apenas para esquecer…
Sentir as lágrimas a correr…
Fugir de mim para te ter….
Pataniska
"...Time I'm sure will bring
Disappointments in so many things
It seems to be the way
When your gambling cards on love you play
I'd rather be in Hell with you baby
Than in cool Heaven
It seems to be the way..."
Bonecarussa
Caras amigas e amigos...
Como devem saber, está em andamento o Conto do Urban Jungle. Já vai no OITAVO (novo) Capitulo, e está cada vez mais interessante. Queria informar que cada pessoa pode escrever mais que um capitulo, sempre que achar interessante.
Quanto ao Urban Jungle, devo informar que preciso de textos. Como devem calcular, "alimentar" dois blogs não é fácil. Fico á espera da vossa preciosa colaboração.
"..The things, you say
Your purple prose just gives you away
The things, you say
You're unbelievable
You burden me with your problems
By telling me more than mine
I'm always so concerned
With the way you say,
You've always go to stop
To think of us being one
Is more than I ever know
But this time, I realize
I'm going to shoot through
And leave you..
The things, you say
Your purple prose just gives you away
The things, you say
You're unbelievable"
O Hugo Master, mandou-me este excerto de uma entrevista feita a Bruce Lee. Deixou-me a pensar... Peço desculpa por não traduzir, mas ando sem paciência.
"Empty your mind, be formless. Shapeless, like water. If you put water into a cup, it becomes the cup. You put water into a bottle and it becomes the bottle. You put it in a teapot it becomes the teapot. Now, water can flow or it can crash. Be water my friend."
Question: What are your thoughts when facing an opponent?
Bruce: There is no opponent.
Question: Why is that?
Bruce: Because the word ''l'' does not exist. A good fight should be like a small play...but played seriously. When the opponent expands, l contract. When he contracts, l expand. And when there is an opportunity... l do not hit...it hits all by itself (shows his fist). Any technique, however worthy and desirable, becomes a disease when the mind is obsessed with it.
Bruce Lee
Para a nossa gatinha de olhos azuis...
PARABENS TEX pelos teus 24 ou 25 anos...
não sei ao certo!!!!
BEIJOSSSSS
Ai não resisti...hihihi
"Quando a cabeca nao tem juizo
Quando te esforcas
Mais do que é preciso
O corpo é que paga
O corpo é que paga
Deix'ó pagar, deix'o pagar
Se tu estas a gostar..."
PS. Já ninguém me avisa dos aniversários????
AH é verdade, o Conto do Urban Jungle, já vai no sexto capitulo!
Esperam-se desenvolvimentos
Esta é infelizmente uma história verídica, enviada pela bonecarussa.
Numa certa exploração de animais no concelho de Coruche, com porcos, ovelhas, aves, cães e gatos, entre outros, tinham já sido detectadas várias entradas furtivas a meio da noite. Os aparentes amigos do alheio não levavam nada… danificavam as cercas, aterrorizavam os animais, espezinhavam tudo, deram cabo duma parte da horta, não por opção, mas numa das fugas com a precipitação da pressa. Nesse dia quase que um deles foi apanhado. A cena repetiu-se mais de dez vezes, até ontem, quando o ‘ladrão’ foi apanhado. É frequente roubarem porcos ou borregos, para comer. Mas este queria comer outra coisa…
O proprietário da exploração é avisado a meio da noite da presença dum intruso e dirige-se para lá acompanhado da polícia. O homem estava escondido no palheiro das ovelhas e tinha tentado partir a porta que dá acesso aos porcos com um tijolo, manobra que se revelou infrutífera. Foi este barulho que alertou quem deu o alarme.
Depois dumas chapadas e duns murros iniciais por parte do dono e dos agentes o homem confessou tudo: não queria roubar nada e agia sozinho e era precisamente essa solidão que ali o levava.
Já na esquadra contou como em tempos o pai e os tios lhe tinham ensinado a satisfazer desejos sexuais: com porcas, ovelhas e em abóboras. Já tinha estado com mulheres mas, segundo ele, adorava porcas. Ganhou o vício e manteve-o para o que contribuiu o facto de nunca ter casado ou sequer arranjado uma companheira. Falamos dum homem com 41 anos, que vive na periferia duma cidade do interior mas não é nenhum bicho-do-mato. Nunca tinha ouvido falar em desvios sexuais e só não praticava o acto com os seus próprios animais porque não os tinha… enquanto era questionado na esquadra mostrava espanto por todo aquele alarido e apenas achava que tinha incorrido em falta porque os animais não eram seus.
Isto passou-se dia 17 de Fevereiro de 2006.
Bonecarussa
O Abel brinda-nos com mais algumas pormenores sobre a sua terra: Angola
Entretanto fiquem a saber que já está o Capitulo V, no nosso conto... E bem picante por sinal... by Tex.
1.Recanto bafejado pela corrente
Submarina de Benguela transparente
Fria, carrega nutriente riqueza
Alimentando a fauna de certeza
Perfuma de maresia a redondeza
2 - À zona chegavam golfinhos e ruazes
Mergulhavam patolas e alcatrazes
Voavam pelicanos, gaivotas e garajaus
Nadavam pinguins focas e outros animais
Atacando gordas sardinhas e carapaus
Festins naturais que verei jamais
3 - Chuva! O Curoca escorria da Chela
Galgava solto atravessava a planura
Arrastava putrefactos da terra
Tubarões devoravam na embocadura
4 - Submergia o tapete da via
Banhava margens que enriquecia
Desaparecia como por magia
Alentava o produto que florescia
5 - Mais p’ra longe lá p’ra Norte
Junto à escarpada Rochinha
O mar criava exemplares de morte
Para as patuscadas na terrinha
6 - Escondia a saborosa qualidade
Crescia morena a garoupinha
Que dava força à irmandade
Na hora da grande panelinha
7 - Rica etnografia pouco estudada
Vou tentar em linhas contar
Coisas gentílicas da morada
Por sentir perto aquele lugar
8 - No mar andavam Quimbares
Pobres de riqueza e de angolares
Origem nos Mucurocas a ligação
Assentando toda a sua tradição
9 - Povo Cuanhama, vaidoso
De aroma intenso, cheiroso
Trajando semelhante a vermelho
No andarilho punha rádio e espelho
10 - Cavalgava em decorada bicicleta
Sua sociedade é matriarcal aberta
Vindos do Cunene e suas margens
Atléticos pastores dessas paragens
11 - Os Cuvales, altos espadaúdos Mucubais
Turbantes e elegantes peles de animais
Caçadores astutos pastoreio é paixão
Promiscuidade étnica, certeza de confusão
12 - Mucancala no deserto escaldando
Norteado, palmilhava confinado
Azagaia no magro dorso carregando
Flechando certeiro, bicho coitado!
13 - Baixos morenos despreocupados
Olhar atento, achinesados
Tubérculo por Deus plantado
Líquido precioso desenterrado
14 - Não paga impostos nem se rala
Comunica, dá sonsinhos na fala
Rica cultura e historiografia
Recolectores, pasmam Sociologia
1º e 2º poemas - A Corrente Submarina. Do Pólo Sul provém uma corrente submarina com sentido Sul/Norte, que banha a costa marítima Africana. Esta corrente descreve um semi-arco para a esquerda até à Zona da Guiné, flectindo em direcção a Oeste, onde surge uma corrente quente que vai banhar a costa Leste do continente Sul-americano (sentido Norte/Sul). A Corrente Fria de Benguela, na sua longa caminhada, tem um ponto de tangencia com o continente africano que é precisamente a costa do deserto do Namibe (ou Namíbia). Não entendo a razão pela qual tal fenómeno tem o nome de Benguela, que dista deste ponto mais de 1000 quilómetros para Norte. Sabemos que o Pólo Sul é muito rico em “Cril” (pequenos crustáceos que servem de alimento às baleias e não só) e outros microorganismos. Essa corrente (fria), na sua caminhada, carrega microorganismos, razão pela qual as suas águas são muito ricas em peixe, aparecendo também por lá muita bicharada (focas, pinguins, golfinhos, ruazes e outros animais). Porto Alexandre tem por isso um clima muito temperado no verão e no tempo frio. O texto diz respeito apenas a Porto Alexandre e nada tem a ver com cidade de Benguela. Garajau (ave migratória) é a ave marinha cujo nome a Europa conhece como andorinha-do-mar e é também o nome usado na América Latina.
3º e 4º - O Rio Curoca. Trata-se de um rio efémero que só existe quando chove. De rio, existe apenas o rasto da sua passagem nítida no terreno. Fica completamente seco durante grande parte do ano (“desaparece como que por magia”), excepto nos meses de Março, Abril e Maio quando chove no planalto da Huila. A chuva escorre pela serra (com mais de 1000 metros de altura) abaixo, forma grande caudal, atravessando uma planície extensa antes de chegar ao deserto do Namibe. Ao atravessar a planície, arrasta animais e outros objectos para a foz, já apodrecidos, na zona chamada Pinda. Os corpos apodrecidos são alimento para tubarões que predominam nessa zona. Aí (Pinda), existe uma faixa rodoviária (em alcatrão) que liga Moçâmedes (Namibe) a Porto Alexandre (Tômbua) que o caudal do rio a galga, fazendo desaparecer o tapete negro durante semanas. A passagem ficava intransitável. As soluções adoptadas pela engenharia nunca resultaram porque o rio é muito inconstante. Tanto desagua num determinado sítio como no ano seguinte pode desaguar 5 quilómetros mais para lá ou para cá, não fazendo sentido qualquer ponte por ser de orçamento muito elevado. É mais económico o transporte de barco. Mas nem isso é utilizado porque é preferível aguardar (alguns dias) que as águas baixem.
5º e 6º - A fauna na panela. Para norte, a cerca de 30 quilómetros de Porto Alexandre, existe uma área rochosa, muito elevada, a pique sobre o mar (idêntica ao da ponta de Sagres mas mais escarpada e elevada) onde se pescava a garoupa (castanha e a murianga), cherne, mero e outros peixes da pedra. Em frente a esse rochedo, com quilómetros de extensão, o mar está pejado de pedregulhos que a natureza espalhou, habitat das garoupas (pesqueiro). E esse peixe da pedra não desapareceu porque as traineiras partem lá as redes de certeza, caso as lancem. Esse peixe só pode ser pescado à linha o que faz preservar o fundo desse pesqueiro. A distância era grande, envolvia tempo e apetrechos o que fazia da garoupa o peixe mais procurado e desejado para as patuscadas. O carapau e a sardinha, embora muito apreciados, não eram os peixes mais desejados porque estes obtinha-mos com muita facilidade e gratuitamente. Por isso, o peixe com preço mais elevado (5$00/kg, nos anos 60) era a garoupa.
7º ao 14º - A Etnografia. Na região existem três etnias. Os Mucurocas, os Mucubais e os Mucancalas. O povo que habita as margens do rio Curoca é Mucuroca e foi ele que esteve sempre muito próximo dos primeiros colonos. Estes chamaram-lhes Quimbares e são eles que actualmente habitam e são os pescadores de Tômbua. Os Quanhamas, habitantes da fronteira com o Sudoeste Africano, chegavam a Porto Alexandre para trabalharem na indústria da pesca. São pastores de gado bovino e caprino (cavalar?). A sua sociedade é matriarcal. Todos os bens pertencem às mulheres. Este povo tem particularidades muito interessantes: Tem uma estatura idêntica à nossa, 1,6 m aproximadamente, moderado no comer e no beber, limpeza absoluta no corpo e no traje. Aprecia as cores garridas na roupa e na bicicleta. Usa perfume que normalmente é enjoativo ao nosso olfacto. O orgulho na bicicleta é primorosamente incomparável. Extremamente decorada, equipada com farolim e stop, retrovisor, campainha, buzina de fole, bandeirinhas e rádio. Quando termina o contracto da pesca é vê-los com a bicicleta em cima do machimbombo (autocarro) em direcção à sua terra natal. Os Mucubais são fortes e espadaúdos, altos e untam-se frequentemente com terra vermelha para se protegerem do sol. Apareciam por lá para se abastecerem ou por questões de saúde mas nunca se dedicaram à pesca. São de terras afastadas, vivem do pastoreio e da caça. Usam turbantes e peles de animais que lhes envolve o corpo. Os Mucubais ou também conhecidos por Cuvales têm a sua origem nos Hereros (muitas semelhanças com os Massai) que predominam a região meridional de África. Não admitem cruzamentos de raças pelo que punem severamente qualquer violação matrimonial. Os Mucancalas, são conhecidos no mundo inteiro pelos Bochímanes ou Kalahari San. São um povo ainda recolector vivendo em plena liberdade. Aparecem por lá esporadicamente, um, dois ou três elementos, sempre em trânsito. São caçadores astutos nunca se perdem no deserto, palmilham que se fartam, carregam a azagaia (com veneno) e pouco mais. Para sobreviver no deserto para eles não há segredo. São amulatados e de olhos (rasgados) achinesados. Para beberem no deserto desenterram tubérculos que eles bem conhecem. A cada conjunto de palavras emitem um estalinho com a língua. Embora apareçam no mercado cinematográfico algumas fitas a tentar retratá-los, existe apenas um “Os deuses devem estar loucos” que é fiel quanto ao indivíduo que apresentam como actor. Crê-se que (há milhões de anos) vieram do oriente (China provavelmente), entraram em África e ocuparam toda a faixa meridional. Entretanto os negros expandiram-se e empurraram-nos para os dois desertos que se encontram a sul de África (Deserto do Kalahari e o do Namibe). Os negros descansaram pensando que no deserto os bochímanes não sobreviveriam. Puro engano, ainda hoje parte deles lá sobrevive e, curiosamente, os negros continuam a detestá-los de morte. As autoridades portuguesas tiveram alguns problemas de justiça por não conseguirem lidar com esses problema.
14/Fevereiro/2006
Abel Marques
Bem, antes de mais quero avisar que já temos o capitulo 4, do Conto UJ,
escrito pela Marta!
Espero agora alguém que siga com o quinto.
O texto que se segue é do Pudim, e nele está espelhado a crise tremenda
que estamos a atravessar
Fim de tarde, Cais do Sodré…
Terminei de jantar à pouco mais de cinco minutos, chego á esplanada, está frio, o Tejo está calmo, como se de um lago se trata-se, não há clientes.
As causas só penso em duas, o facto de estarmos no Inverno e a crise que se abate sobre todos nós, vá-se lá saber porque..? Em algumas conversas que tenho tido com alguns clientes, todos se queixam do mesmo, falta de Euros.
Uma hora e meia sem viva alma aparecer, que seca, bem vou olhando para os barcos e para os autocarros que chegam e partem, que rotina a dos pobres coitados que conduzem tamanhas “naves” lisboetas.
Ainda não apareceu ninguém, a não ser uma pobre coitada que me disse, “estou aflita” ao que eu respondi amavelmente indicando o caminho, “ó minha senhora a casa de banho é ali, faça favor”.
Vinte minutos depois disto, aparecem duas senhoras, dois cafés um é cheio, quando levo os cafés uma dá-me imediatamente os parabéns pela música, estava a ouvir a rádio Marginal FM, que para quem não sabe passa essencialmente jazz e blues.
Na meia hora seguinte mais duas senhoras chegaram ao meu local de trabalho, estas com gostos mais refinados, dois bayley’s com gelo, registo mesa oito dois licores importados.
Bem está na hora de ir espreitar o rio, está maré vazia, levanta se o vento, que frio brrrr, este é daquele tipo de frio que entra pelos ossos a dentro xissa!!
Bem vou começar a fechar o estaminé, que é como quem diz arrumar a esplanada, e não podia ter mais azar, começa a chover, ainda por cima está mais gelada que o costume a chuva, cada pingo que cai na minha fina camisa, mais parece uma golpe de uma faca muito bem afiada, mas as mesas e as cadeiras não se arrumam sozinhas, era tão bom não era..?
Mas a arrumação não fica por aqui, á que arrumar os bolos, lavar toda a maquinaria, e louça.
Depois de tudo isto faço a caixa, contos os poucos euros que se fez, confirmo se todas as portas e janelas estão fechadas, não vá o diabo tece-las, vou ás casas de banho ver se lá está algum larápio escondido, pego no envelope dos euros, desligo as luzes ligo o alarme e fecho a porta á chave com 2as voltas.
Olho mais uma vez para o rio Tejo como se me despedisse dele, até amanhã; afinal é o meu mais fiel amigo e companheiro..
Pudim
Even the best fall down sometimes
Even the wrong words seem to rhyme
Out of the doubt that fills your mind
You finally find, you and I collide
You finally find
You and I collide
You finally find
You and I collide
Um texto deixado pelo Carlos,
que nos brinda frequentemente com poemas
nos comentários.
Cerejas
Bebo
o licor
na tua boca
Bebes
o licor
no meu umbigo
Mais que fantasia...
passamos horas
nessa brincadeira louca
Delírios do prazer
de estar contigo
Trilhas
de cerejas
em nossos corpos
Alimentos
degustados
pouco a pouco
Sinto
tua sede
e me alucino...
Somos cálice
iguarias
somos loucos
Bêbados
de paixão
e Maraschino
Carlos
1 seguidor
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.