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Urban Jungle

pensamentos, divagações e tangas da selva urbana

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27
Out05

Feliz aniversário WaterGod!

Cereza

Hoje falava eu com uma grande amiga nossa no messenger, e diz ela:
-Sabes que o Watergod faz hoje anos?
-A sério? bolas ninguém me disse nada, e agora? Vou inventar o quê para escrever no post?
-AH eu já fiz a minha parte, agora é contigo!
-Bolas!!!!

Comecei por ficar preocupada com o que iria dedicar ao nosso "querido" WG, quando subitamente se fez luz! Nem mais... vou ver se encontro algo na net sobre escárnio e maldizer! (sim porque se fosse eu a escrever, este post não saía hoje)
Abro o browser, escrevo escárnio e maldizer (a pensar em Gil Vicente) faço a pesquisa e abro um url ao calhas... na mouche!
Water escolhi este texto para ti... por várias razões ehehehehe... desejo-te o melhor dia de aniversário de sempre... e que fiques na nossa companhia anos e anos e anos.... ah, e que também vás ao almoço de Natal do UJ, claro. PARABENS seu lampião!!!!!



A auto-critica



Já é tarde, estou cansadíssimo e bebi uns copos. Devia ir deitar-me, mas há uma vontade quase masoquista que me impele a escrever este artigo. É preferível que ficar com as ideias à roda e não conseguir dormir.



Não sei bem como começar nem como vou explicar, nem onde isto vai parar. Está bonito isto... O tema que quero abordar é a falta de espírito auto-critico que reina nos dias de hoje. Para o enquadrar na filosofia editorial da AMD posso dizer que quero dizer mal da cegueira que nos atinge quando analisamos os nossos actos e pensamentos.



Se o leitor sofrer deste problema não vale a pena ler o resto, pois não vai aceitar nenhum dos argumentos ou pontos de vista por mim apresentados. Ou pelo menos não vai pensar na primeira pessoa. Vai pensar "...sim, conheço pessoas dessas...". Por outro lado, se acha que sofre deste problema, então as probabilidades de sofrer diminúem, pois o reconhecimento do problema é o primeiro passo da terapeutica. Em resumo, qualquer que seja o seu caso, penso que o impacto destas palavras será quase nulo. Mas quem aqui escreve escreve porque gosta, e neste caso particular porque quer dormir bem.



Se ainda aqui está é porque o anterior parágrafo conseguiu o objectivo: Captar-lhe o interesse pelo despertar da curiosidade. E então é assim: É lindo ver como as pessoas se comportam após fazerem uma asneira, ou quando são confrontadas com argumentos que ponham em causa as suas opiniões impulsivas. Dá-se uma cegueira momentânea (mais ou menos prolongada) que nos leva a usar argumentos mais ou menos ridiculos para em vão justificar-mos a nossa posição. A culpa é sempre e automaticamente dos outros, ou pelo menos EU tive razões para agir assim, ao contrários dos OUTROS em situações idênticas. Hoje criticamos um anónimo e amanhã fazemos o mesmo (nunca é o mesmo na nossa opinião, mas na prática é).



Estão a perceber? Se calhar não, pois como já disse tenho as ideias baralhadas. Vamos ao caso concreto que me levou a pensar nisto:



Numa aula onde o professor tentava explicar o que era a motivação para efectuar uma escolha de compra, dizia o Sr. que na maioria dos casos não temos competência para avaliar o produto, e deu o exemplo de uma fatiota. Podemos ver um que assente bem, mas se custa 20 contos desconfiamos. Se lhe dermos uma marca com dois nomes (Hugo Patrão, Máximo Serviço etc.) e lhe aumentarmos o preço então aí sim. Temos uma bela farpela!



Ora, o mais bem vestidinho dos pupilos discorda imediatamente!... Nem sempre o mais caro e de marca é o melhor. EU não vou nisso... tenrinho, claro:



Prof: Hehe... Sabe-me dizer se o seu fato é MELHOR que o do seu colega aqui?



Pupilo: erm.... bem, quer dizer..



IRRA!! É claro que não sabe dizer. Possivelmente nem distingue lã de fazensa, tirilene de bombazine ou ganga de sarja. E tunga! 1 a 0 ganha o professor.



Mas mais adiante o bem vestido insiste... "Eu ainda discordo..."



Claro que discorda. A falta de espírito auto-crítico não lhe permite assumir-se como mais um troféu a favor do marketing. Mas é só por isso que discorda, pois da boca não lhe sai nenhum argumento válido. Tem um nó no cérebro. E é aí que o professor se sai com uma espantosa...: "Oh homem! Você vestido como está nem devia abrir a boca...". Não foi democrático e provavelmente foi anti-pedagógico, mas foi mesmo na mouche! Tão na mouche que nem obteve nenhuma reação dele. Dele sim, porque a miss Classe 99, que estava presente envergando uma fatiota que lhe assentava como uma luva balbuciou: "Oh Sr. Professor, olhe que a forma como estamos vestidos não tem nada a ver...". Hehe... Que ideia... Tunga!! Na mouche parte II. Tudo quanto era auto-defesa na moça eriçou-se, e olhem que até à afirmação do professor não tinha aberto a boca... Foi mesmo naquela altura... Muito giro de ver.



Só a Miss Grunge 99, também lá presente, foi capaz de fazer frente ao professor dizendo que ele tinha de ouvir todas as opiniões. Certo. 100% de razão, mas ali não havia opiniões. Só reacções de auto-defesa a despontarem por todos os lados. E porquê? Porque não somos capazes de pensar: "Olá!! Será que isto me acontece a mim? E até que ponto? Em que situações? E porquê?. Não.... Dizemos logo: "Essas pessoas que se deixam enganar são parvas. Eu não sou parvo, logo não me deixo enganar, logo a minha escolha é consciente". Claro que não é, e daí o nó no cérebro.



É como no trânsito. Quando não é connosco são todos uns assassinos inconscientes. Se por acaso a asneira é nossa, é o outro que não avisou que ia ultrapassar, ou que vinha muito depressa etc., etc.



Ou como as críticas que se fazem por aí. O trabalho dos outros é sempre mau... Se perdêsse-mos, ou melhor, se usásse-mos o tempo que gastamos a criticar os outros a avaliar o nosso trabalho, as coisas seriam bem melhores.



Já perceberam agora? Não?! Claro, não leram com atenção! Ops.... Lá estou eu... Vamos ao espírito de auto-crítica... Senão perceberam pode ter sido por várias razões: Não leram com atenção, EU não expliquem bem, estamos cansados, etc. ...Resultado? Começamos a fazer as coisas de forma mais consciente, e por isso seremos capazes de justificar as nossas posições.



Este pode ser um processo para atingir o famoso Q. Q de quê? Q de qualidade, Q de que sono.... Boa noite!



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<p>Hoje falava eu com uma grande amiga nossa no messenger, e diz ela:
-Sabes que o Watergod faz hoje anos?
-A sério? bolas ninguém me disse nada, e agora? Vou inventar o quê para escrever no post?
-AH eu já fiz a minha parte, agora é contigo!
-Bolas!!!!

Comecei por ficar preocupada com o que iria dedicar ao nosso "querido" WG, quando subitamente se fez luz! Nem mais... vou ver se encontro algo na net sobre escárnio e maldizer! (sim porque se fosse eu a escrever, este post não saía hoje)
Abro o browser, escrevo escárnio e maldizer (a pensar em Gil Vicente) faço a pesquisa e abro um url ao calhas... na mouche!
Water escolhi este texto para ti... por várias razões ehehehehe... desejo-te o melhor dia de aniversário de sempre... e que fiques na nossa companhia anos e anos e anos.... ah, e que também vás ao almoço de Natal do UJ, claro. PARABENS seu lampião!!!!!</p>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" width=100%><tr><td align=center><BR><BR><a href="http://bbb.blogs.sapo.pt/arquivo/sea-chair.jpg"><img alt="sea-chair.jpg" src="http://bbb.blogs.sapo.pt/arquivo/sea-chair-thumb.jpg" width="342" height="400" border="0" /></a>
</td></tr></table>
<p><strong>A auto-critica</strong></p>

<p>Já é tarde, estou cansadíssimo e bebi uns copos. Devia ir deitar-me, mas há uma vontade quase masoquista que me impele a escrever este artigo. É preferível que ficar com as ideias à roda e não conseguir dormir.</p>

<p>Não sei bem como começar nem como vou explicar, nem onde isto vai parar. Está bonito isto... O tema que quero abordar é a falta de espírito auto-critico que reina nos dias de hoje. Para o enquadrar na filosofia editorial da AMD posso dizer que quero dizer mal da cegueira que nos atinge quando analisamos os nossos actos e pensamentos.</p>

<p>Se o leitor sofrer deste problema não vale a pena ler o resto, pois não vai aceitar nenhum dos argumentos ou pontos de vista por mim apresentados. Ou pelo menos não vai pensar na primeira pessoa. Vai pensar "...sim, conheço pessoas dessas...". Por outro lado, se acha que sofre deste problema, então as probabilidades de sofrer diminúem, pois o reconhecimento do problema é o primeiro passo da terapeutica. Em resumo, qualquer que seja o seu caso, penso que o impacto destas palavras será quase nulo. Mas quem aqui escreve escreve porque gosta, e neste caso particular porque quer dormir bem.</p>

<p>Se ainda aqui está é porque o anterior parágrafo conseguiu o objectivo: Captar-lhe o interesse pelo despertar da curiosidade. E então é assim: É lindo ver como as pessoas se comportam após fazerem uma asneira, ou quando são confrontadas com argumentos que ponham em causa as suas opiniões impulsivas. Dá-se uma cegueira momentânea (mais ou menos prolongada) que nos leva a usar argumentos mais ou menos ridiculos para em vão justificar-mos a nossa posição. A culpa é sempre e automaticamente dos outros, ou pelo menos EU tive razões para agir assim, ao contrários dos OUTROS em situações idênticas. Hoje criticamos um anónimo e amanhã fazemos o mesmo (nunca é o mesmo na nossa opinião, mas na prática é).</p>

<p>Estão a perceber? Se calhar não, pois como já disse tenho as ideias baralhadas. Vamos ao caso concreto que me levou a pensar nisto:</p>

<p>Numa aula onde o professor tentava explicar o que era a motivação para efectuar uma escolha de compra, dizia o Sr. que na maioria dos casos não temos competência para avaliar o produto, e deu o exemplo de uma fatiota. Podemos ver um que assente bem, mas se custa 20 contos desconfiamos. Se lhe dermos uma marca com dois nomes (Hugo Patrão, Máximo Serviço etc.) e lhe aumentarmos o preço então aí sim. Temos uma bela farpela!</p>

<p>Ora, o mais bem vestidinho dos pupilos discorda imediatamente!... Nem sempre o mais caro e de marca é o melhor. EU não vou nisso... tenrinho, claro:</p>

<p>Prof: Hehe... Sabe-me dizer se o seu fato é MELHOR que o do seu colega aqui?</p>

<p>Pupilo: erm.... bem, quer dizer..</p>

<p>IRRA!! É claro que não sabe dizer. Possivelmente nem distingue lã de fazensa, tirilene de bombazine ou ganga de sarja. E tunga! 1 a 0 ganha o professor.</p>

<p>Mas mais adiante o bem vestido insiste... "Eu ainda discordo..."</p>

<p>Claro que discorda. A falta de espírito auto-crítico não lhe permite assumir-se como mais um troféu a favor do marketing. Mas é só por isso que discorda, pois da boca não lhe sai nenhum argumento válido. Tem um nó no cérebro. E é aí que o professor se sai com uma espantosa...: "Oh homem! Você vestido como está nem devia abrir a boca...". Não foi democrático e provavelmente foi anti-pedagógico, mas foi mesmo na mouche! Tão na mouche que nem obteve nenhuma reação dele. Dele sim, porque a miss Classe 99, que estava presente envergando uma fatiota que lhe assentava como uma luva balbuciou: "Oh Sr. Professor, olhe que a forma como estamos vestidos não tem nada a ver...". Hehe... Que ideia... Tunga!! Na mouche parte II. Tudo quanto era auto-defesa na moça eriçou-se, e olhem que até à afirmação do professor não tinha aberto a boca... Foi mesmo naquela altura... Muito giro de ver.</p>

<p>Só a Miss Grunge 99, também lá presente, foi capaz de fazer frente ao professor dizendo que ele tinha de ouvir todas as opiniões. Certo. 100% de razão, mas ali não havia opiniões. Só reacções de auto-defesa a despontarem por todos os lados. E porquê? Porque não somos capazes de pensar: "Olá!! Será que isto me acontece a mim? E até que ponto? Em que situações? E porquê?. Não.... Dizemos logo: "Essas pessoas que se deixam enganar são parvas. Eu não sou parvo, logo não me deixo enganar, logo a minha escolha é consciente". Claro que não é, e daí o nó no cérebro.</p>

<p>É como no trânsito. Quando não é connosco são todos uns assassinos inconscientes. Se por acaso a asneira é nossa, é o outro que não avisou que ia ultrapassar, ou que vinha muito depressa etc., etc.</p>

<p>Ou como as críticas que se fazem por aí. O trabalho dos outros é sempre mau... Se perdêsse-mos, ou melhor, se usásse-mos o tempo que gastamos a criticar os outros a avaliar o nosso trabalho, as coisas seriam bem melhores.</p>

<p>Já perceberam agora? Não?! Claro, não leram com atenção! Ops.... Lá estou eu... Vamos ao espírito de auto-crítica... Senão perceberam pode ter sido por várias razões: Não leram com atenção, EU não expliquem bem, estamos cansados, etc. ...Resultado? Começamos a fazer as coisas de forma mais consciente, e por isso seremos capazes de justificar as nossas posições.</p>

<p>Este pode ser um processo para atingir o famoso Q. Q de quê? Q de qualidade, Q de que sono.... Boa noite!</p>

<p<Os melhores cumprimentos deste vosso amigo,
Prof. Victor Malicias
Doutorado na arte de mal dizer pela Universidade da Vida.</strong></p>

<p>in: http://amd.domus.online.pt:8080/</p>

<p><strong>PARABENS WATERGOD!
PS. O post do almoço de natal, está mesmo abaixo deste para comentarem...precisamos de saber se vão ou não, ou se têm dúvidas!!!Comentem, ou o patinho morre!</strong></p>


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