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Urban Jungle

pensamentos, divagações e tangas da selva urbana

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14
Out05

O reverso da medalha

Cereza

Aqui está o reverso da medalha, aqui está o oposto da Otília...Aqui está a dor da família, dos filhos, enfim... de todos que a rodeiam! Agora venham os mesmos comentadores!


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É estranho estar a falar deste assunto. Não há muita gente que conheça a historia, mesmo os amigos de peito sabem desta situação. Não tenho vergonha de nada, apenas não é meu feitio partilhar determinadas coisas.

Não sei bem dizer quando tudo começou. Uma rapariga normal, sem vícios e com uma vida desafogada conheceu o “homem da sua vida”. Não era bem um príncipe encantado, mas tinha sido a sua escolha, e a família apoiava-a. A preguiça levou-os a viver à custa dos outros e os vícios vieram... Ela, grávida do primeiro filho, passava fome para que o seu príncipe tivesse dinheiro para a sua dose de droga.

Sempre recusou a ajuda da família nessa altura, até ao dia em que o desespero devia ser tão grande que finalmente aceitou uma sopa. Despejos atrás de despejos por terem a renda por pagar, trabalhos que são deixados para trás e um filho prestes a nascer.

Apesar de ter recusado a ajuda da família, todos sabiam mais ou menos como ia a sua vida, sempre atentos para lhe dar a mão quando ela necessitasse. O filho nasce, o bom senso volta temporariamente e vão os três viver para casa da mãe dela. O problema é que a vida de vícios cocainicos e a preguiça continuou, chegando a roubar quem lhe dava a mão.

Resolveram desaparecer, mas o bebe ficou connosco. O casal perfeito não arranja rumo, chegando a levar a criança com eles algumas vezes, mas sempre acabando por a deixar regressar, para que pelo menos ela não passasse fome. Mas chegou o dia em que os pombinhos se separaram e ela regressa a casa da mãe.

Foram tempos de felicidade. O palitinho voltou a ser uma mulher atraente, vivia feliz junto do filho e arranjou um emprego bom. Algum tempo passa e o seu príncipe volta a aparecer. Iludida nos seus 25 anos por um grande ramo de flores, volta a abandonar tudo para ira com ele para parte incerta.
A fome continuou, a droga, o desprezo pelos que a amavam. E eis que se separam de vez.

Claro que a madame não ía engolir o orgulho e voltar para a casa cujas portas não nunca foram fechadas. Frequentou casinos e tornou-se “borboleta” (prostituta cara). Um tempo depois, atraída pelo vil metal, engravidou de um senhor conhecido com idade para ser avô dela.

Nesta altura também ela já se tinha rendido a vícios cocainicos e a gravidez não foi um mar de rosas. Engoliu o orgulho, disse à família que estava grávida (talvez em sinal de afronta) e voltou a desaparecer.

Caminhos galgados atrás dela e descobriu-se que ela queria dar a nova criança para adopção. Nesta altura ja ela tinha levado a ilustre figura para os mesmos caminhos do mundo da droga. No dia do parto a família estava lá no hospital e não deixou que ela fosse para colos desconhecidos. Trouxe-a para casa, para junto do irmão. Mas este novo ser já tinha problemas, por causa da droga. Teve de ficar uns dias no hospital porque estava com síndrome de abstinência da droga.

Os primeiros meses de vida daquele anjinho foram assim, difíceis, mas uma vitoria dia após dia. E a mãe, a heroína desta historia? Desapareceu.

Depois de ter arrastado a ilustre figura da sociedade para os caminhos obscuros, depois de o ter deixado na miséria, resolveu baixar de nível e tornar-se numa simples prostituta. A ultima vez que viu os filhos já foi há mais de sete anos. Nem um telefonema, nada...

É escusado dizer que a criança mais velha é super revoltada, está a tornar-se num adolescente super revoltado. Ele lembra-se de algumas coisas pelo que passou, o abandono dos pais... O anjinho mais pequeno chama pais aos meus pais, mas fica desconfiada por os três “irmãos” terem apelidos diferentes. E agora com a entrada na escola... Acabamos por adoptar os dois, são crianças saudáveis e felizes dentro do possível.

O príncipe encantado? Há anos que não dá sinal de vida. A princesa? Passeia os seus vestidos no mundo da prostituição e foge quando vê alguém da família. A família? Sempre com portas abertas para a receber? Eu? Desejo que ela morra longe, não dê mais sinal de vida, que siga os seus sonhos de mulher gananciosa e deixe os filhos conforme estão. Sim, porque o vicio da droga parou, mas como ter um emprego num escritório não é para a madame... ganha mais a vender o corpo! Quantas vidas ela não destruiu só por um capricho...
Bem, mas tudo isto me faz lembrar outra historia...


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_eu_


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