Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Urban Jungle

pensamentos, divagações e tangas da selva urbana

pensamentos, divagações e tangas da selva urbana

Urban Jungle

14
Jul05

Astrologia Cármica

Cereza

Pronto lá fizemos um ligiero intervalo na astrologia, com um debate sobre "jogos preversos"( alias este post continua com o video para receber mais comentarios) vamos ficar com um outro tipo de astrologia... a cármica. Parece-me muito semelhante á teoria Budista.Será de facto possivel reencarnar sempre em algo melhor?


buddha copy.jpg


Já que se falou em astrologia, lembrei-me de partilhar convosco um resumo do que andei a pesquisar sobre astrologia cármica (e não só), que é algo que, confesso, exerce sobre mim algum fascínio...
Não me perguntem se acredito nisto, porque a resposta é: NÃO SEI!


A Astrologia Cármica é um ramo da astrologia que se baseia em duas crenças fundamentais: por um lado, a crença de que a alma existe e, por outro, a crença na reencarnação. Nestas mesmas crenças assenta a técnica da regressão a vidas passadas, de que ultimamente muito se tem ouvido falar.


Partindo do princípio que estes dois pressupostos sejam aceites (e cada um acredita no que quiser), diz a Astrologia Cármica (e não apenas ela)que a alma escolhe o momento (dia, hora, local e situação) em que quer reencarnar consoante os aspectos do carma que queira “trabalhar” no sentido de progredir.


Muitos de nós por vezes usamos o termo “carma” para nos referirmos a aspectos negativos da nossa vida que se apresentam com um padrão relativamente constante e a que também chamamos destino. É assim que muitas vezes damos connosco, desalentados perante (mais uma vez!) uma determinada situação, a exclamar: “não há nada a fazer! É o meu carma!”


Mas não é desse carma que se trata aqui. Convém também referir que, embora seja um denominador comum a muitas religiões orientais, o conceito de carma de que a Astrologia Cármica faz uso insere-se numa lógica daquilo a que hoje se chama a espiritualidade moderna. Não é fácil definir o que é o carma; definem-no como o conjunto de acções e respectivas consequências, podendo ser negativo, quando a acção gera efeitos negativos para a pessoa e para as que a rodeiam (por exemplo, a dificuldade em perdoar, o sentimento de rejeição e tantos outros podem ser exemplos de carmas negativos), ou positivo, o que, por oposição, podemos considerar como as virtudes que possuímos, os talentos que herdámos de outras vidas pelo esforço de progressão que nelas fizemos.


Portanto, cada vez que uma alma reencarna ela procura progredir no sentido de se purificar. O que um astrólogo cármico faz ao ler o mapa astral da pessoa (e atenção que a Astrologia Cármica assume-se como um estudo que se baseia na observação e não em dotes de adivinhação) é desvendar o que essa pessoa trouxe de vidas passadas para a vida presente em termos de carma (negativo e positivo). Usando uma técnica diferente da regressão, o astrólogo cármico examina padrões surgidos no mapa astral da pessoa que revelam material herdado de vidas passadas, ou seja, o carma.


Uma questão que desde logo se levanta é a de saber se as pessoas nascidas no mesmo dia, ano, hora, minuto, segundo e local transportam o mesmo carma. Provavelmente terão carmas semelhantes sim, mas não esquecer que a alma escolhe também a situação envolvente da pessoa em quem encarna; pode, por exemplo, decidir encarnar no seio de uma família pobre ou rica, numa criança filha de mãe solteira ou não, numa criança com uma malformação ou noutra perfeitamente saudável, no seio de uma família em desavença ou noutra equilibrada. Tudo isto, como já disse, dependendo dos aspectos do carma em que ela quer progredir.


Isto pressupõe outra ideia interessante e que é a de que a alma que vai encarnar conhece não apenas o carma que transporta mas as situações por que terá de passar para progredir. Concretizando, a alma que encarna um determinado corpo “sabe” à partida que, por exemplo, essa pessoa poderá ficar órfã em tenra idade ou sofrer um divórcio dos pais, etc, etc... Essa escolha tem, pois, a ver com os aspectos do carma em que a alma quer progredir, que podem ser diferentes das de outra alma que nasça em tempo e local semelhantes.


Outro aspecto que é preciso não esquecer é que depois de encarnar, a pessoa que recebeu essa alma não conhece ou não se lembra das escolhas que ela fez, e daí o seu desalento perante os obstáculos que vai encontrar pela sua vida fora pelo quais a sua alma quis passar.


Cada vida é sempre uma oportunidade para melhorar, mas se o iremos conseguir ou não, depende do nosso livre arbítrio. O futuro depende das escolhas que fizermos no presente.


Se há aqui uma ideia que, de alguma forma, parece tranquilizante e que é a de que não temos apenas uma única oportunidade, também é verdade que se na nossa vida presente não conseguirmos evoluir em termos do nosso carma, na próxima oportunidade poderão as condições ser ainda mais difíceis para conseguirmos essa evolução. Isto porque uma lição não aprendida acumula a outras que ainda teremos de aprender ou, se quiserem, fazendo uso de um ditado popular, “quem semeia ventos colhe tempestades”. Talvez por isso, para nos criar essa intranquilidade, a Igreja mantenha os seus dogmas do paraíso, do purgatório, do inferno e do juízo final...



alic


1 comentário

Comentar:

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.

Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.

Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2007
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2006
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2005
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2004
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D