Voos
Finalmente! Finalmente chegou-me o texto do Flyman! Encostem-se na cadeira, leiam o texto, oiçam a musica, vejam as imagens, e voemmmm com ele! O video fica maravilhoso neste texto.(video retirado)
Nesta praia deserta, voltado para o mar, o Sol aquece-me. Abro os braços, fecho os olhos, solto as amarras e deixo-me zarpar.
Estou a subir bem alto e agora já ninguém me consegue agarrar. Nas asas do sonho, só tenho de ter cuidado com o Sol, forte como está, não me vá queimar... Livre de pensamento, só espero que os ventos soprem de feição, enfunem a vela da imaginação. Levem-me para lá deste mundo onde ainda sinto a brisa que me passa por todo o corpo.
Estou a voar e difícil, difícil, vai ser voltar. A sensação é boa, como gostava de a fazer durar. O melhor será não me preocupar, deixar correr o tempo enquanto aqui estou, e aproveitar lie back and enjoy... Não sei o que pensar deste devaneio, que me leva mais longe e mais além que aquilo em que creio.
Hoje apetece-me ir para sul, para cenários tropicais, onde o verde é muito verde e as cores são os animais e as flores.
Afloramentos rochosos, de onde brotam cascatas de temperaturas várias, que se quedam em lagos de transparentes águas. Se por acaso neles mergulhasse, deles não conseguiria sair, raptado por pelas ninfas encantadas que neles continuam a cair.
Virgens areias brancas e rosadas de coral feitas, juncadas de conchas e búzios, onde se espalham as suaves ondas de um mar morno, com todas as tonalidades de azuis e verdes, até chegar ao transparente capaz de converter o menos crente.
A raiva, a inveja, a desconfiança, o cinismo, a mesquinhez, o egoísmo, a exclusão e a doença, são palavras desconhecidas e sem sentido por aqui. A harmonia reina. Os sentidos estão bem despertos. Usufrui-se na máxima amplitude tudo o que se vê e não vê.
As crianças vivem felizes e confiantes, os adultos despreocupados. Nem sabem o que é isso de stress diário. Os mais velhos são escutados, doces professores de vida empossados. Caçam, pescam, colhem fruta, dádivas de uma Natureza generosa que nunca se sentiu violada.
Quero subir ainda mais alto, comparar os contrastes deste com o nosso mundo. Por breves instantes, acho que não vou voltar, mas acabo por regressar.
De chegada, baixo os braços. Ainda não quero abrir os olhos. Então uma voz meiga segreda-me ao ouvido Só agora? Estava à tua espera... Doce acordar, minha deusa... ou continuo a sonhar?...
Flyman
16/06/2005
CHORUS:
I wanna fall from the stars
Straight into your arms
I, I feel you
I hope you comprehend