Fantasias da Nazaré!
Para encerrar o capitulo do almoço, resolvi publicar aqui dois textos. O primeiro do Flyman, que deixou nos comentários. Achei o texto tão genial que resolvi destaca-lo.Uma visão romanceada do nosso já famoso almoço em terras da Nazaré.
Eu não sei a que almoço voçês foram... Mas aquele onde eu fui não foi bem assim... e estavamos lá todos... será que comi alguma coisa estragada?... Passo a descrever: Finalmente, os urbanos paineleiros largaram por um dia... por um dia, não... por umas horas, os teclados e as telas luminosas, onde afixam as suas mais profundas crenças, reunindo-se num espaço surrealmente espantoso.
Vindo do céu, acompanhado pela minha deusa ^Erina^, montados no meu negro garanhão alado, apercebi-me antes de pousar, de um perímetro de segurança, criado por uma dezena de seguranças de 2,20m de altura por 2,20m de largura, de fatos e óculos escuros, com auriculares, que zelavam pela nossa privacidade. Quando o meu Pegasus pousou suavemente, levantando uma ténue nuvem de poeira, ao fechar as grandes asas, aparecem irrepreensivelmente fardados, dois valetes que se encarregavam de levar os nossos fantásticos meios de locomoção e de os entregar, a uma equipa devidamente certificada, que deles iam tratando.O meu fantástico cavalo, logo foi brindado com um fardozito de palha de Abrantes.
Mais lá ao fundo, destacava-se uma cerejeira deslizante, pensei logo que era o transporte da Cereza, claro. A um canto estava uma vassoura, a da Morgaine... (num canto especial, bem entendido, não era um canto qualquer...). No hall de entrada, a primeira surpresa: uma belíssima morena, de olhos vendados, qual filme de Kubric, ia distribuindo toalhetes húmidos perfumados, com os quais nos refrescávamos da viagem. A seguir, veio outra belíssima morena, que igualmente de olhos vendados nos indicava os "changing rooms", onde eram distribuídos macios roupões turcos, usados sobre os sexy fatos de banho, por nós escolhidos para a ocasião. Depois de estarmos já mais à vontadinha, apareceu então um dos dois eunucos (vendados, claro...) que nos indicou o caminho, através de um túnel de paredes de pedra, iluminado por milhares de velas, para a zona da festa propriamente dita.
Era uma área cheia de árvores tropicais, que circundavam uma piscina de água morna azul turquesa. Pedregulhos de granito negro, interrompiam as paredes e muretes caiados, de onde pequenas quedas de água brotavam por entre as plantas e flores de mil cores. Confortáveis espreguiçadeiras, encontravam-se estratégicamente colocadas em torno da piscina, acompanhadas por mesas de apoio. Os empregados, uma dúzia de belíssimas morenas e dois eunucos (todos vendados, claro), moviam-se com destreza e elegância por entre os convivas e pelos obstáculos fixos e móveis, sem nunca lhes tocarem, nem correrem o risco de cair à água.
Entretanto, enquanto a tribo não estava toda reunida ia-se bebericando uns aperitivos... Quando finalmente só faltavam o meu caro Watergod, o Maslow e o Absurdo, foi-se lentamente degustando umas ostras, deitadas em cima de gelo em tabuleiros de prata. A ementa prometia... a luadourada com um ar muito satisfeito, o frisco um pouco nervoso porque a responsabilidade da escolha do local era dele e da morgaine que esta sim, de nervoso não tinha nada e estava completamente endiabrada. A Cereza linda, ao lado do Guldan, que olhava para ela como se fosse Afrodite na Terra... O Corto_Maltese, muito calado mas muito atento... A platinada morena Majoca distribuia simpatia. A bem disposta constancinha sempre sorridente. A Marta espalhava charme... O Criador_Sonhos, tinha à sua volta uma bruma rosada, própria de quem sonha muito... A ^Erina^, deusa minha, Luz dos meus olhos, Flor do meu jardim, Sol da minha vida, estava deslumbrante (e quase me ofuscava)... a Starry trouxe miminhos para todos (quando a vi nem acreditei que ela estava lá!...) Jatgo, um Senhor... anasimplesmente, caladinha, a curtir o momento... e eis que chegam o meu caro Watergod e a sua linda deusa (se ele é um deus, deve estar com uma deusa, não?), que logo se pôs a ver quem estava com o flanco desguarnecido, para de pronto espetar uma alfinetada...
De repente, todas as morenas vendadas saltaram para a piscina!!! Era o Maslow que tinha chegado! A vibração provocada pelo seu potente veículo, provocou-lhes esse efeito. Já sabiam da sua fama e assustaram-se, quais gazelas temerosas. Assim que ele entrou, logo se acalmaram, não podiam ver a mal contida expressão de diabinho dos seus azuis olhos... e finalmente depois disto tudo, lá apareceu o Absurdo que tinha ido dar a volta a Portugal. O almoço decorreu calma e languidamente. O Sol cada vez mais forte, convidava ao mergulho naquelas tentadoras águas. Espanto dos espantos!!! Olho para as miúdas e estão todas de fio dental!!! Mas... mas... e a escova de dentes e o elixir não se usam depois das refeições?!... Depois deste susto, lá fomos para outra zona onde estava outra belíssima morena a mover-se num misto de dança dos sete véus com dança do ventre. Era a zona chillout... mas a alguns de nós só conseguiram o hotin... E como o tempo passou a correr, meus amigos!... O entardecer alaranjado levou ás inevitáveis despedidas... A época de Verão está lançada nesta Selva: COM ESTILO!
Flyman
@ junho 13, 2005 12:35 PM
Agora vou publicar um texto, que me mandaram depois do almoço do blog. Quem esteve na Nazaré deu concerteza por um senhor, sentado ao fundo da mesa, de bigode, um pouco deslocado... estava acompanhado da mulher, a Luadourada. Descobri que escreve maravilhosamente. Mandou-me este texto que adorei. Fico sempre muito sensibilizada quando me escrevem algo. Abel, obrigada...está lindissímo. Espero que a partir de hoje te tornes um dos nossos... que nos mandes alguns textos, e nos brindes com os teus comentários.
Atractiva, quando te vi, não sei!
Depois, observando, apreciei
Que medir os outros por dentro
Nunca ou raramente
tento.
.
De um encontro informal
Num dia com gente consciente
A junção de mero acaso
Colocou-nos frente a frente.
.
Os teus loucos vintes já se foram
E muitas mais coisas também
Graciosidade e beleza ficaram
Pertinho de mim, um bem.
Maturidade, são coisas delicadas que nem toda a gente tem.
A tua é bem saliente
E o OCEANO estava cheio desse presente
Pertinho de mim também.
Na comunicação, homens e mulheres contentes
Melhores ou piores, somos diferentes.
Os sentidos que a mulher encerra,
Sugiro a competência na guerra.
Veio o maligno cigarro
Que nos mata lentamente
Embora traga catarro,
Mesmo assim gostamos
Porque também somos
Gente que sente.
Pela satisfação que me sobeja,
Esvoaça uma branca rosa de Presente
E que a Divindade proteja
A CEREZA eternamente.
11/6/2005
Abel Marques