|
(Futura Mrs Cruise, já seguidora da cientologia)
L. Ron Hubbard é o fundador da Cientologia. Ele descreveu a sua filosofia em mais de 5.000 obras, incluindo dezenas de livros, e em 3.000 conferências gravadas em fitas.
A vida familiar de Hubbard foi conturbada, tendo casado por três vezes e tido 7 filhos. Em 1976, um dos seus filhos, Quentin, foi encontrado no deserto com um tubo a introduzir os gases de escape para dentro do carro. Não trazia qualquer identificação e estava em coma. Um aparente suicídio, tendo Quentin vindo a morrer no hospital 2 semanas depois.
Outro filho, L. Ronald Hubbard Junior, trabalhou com o pai entre 1949 e 1950, mas nos anos 70 mudou o seu apelido para deWolf e renegou Hubbard. Foi também testemunha de acusação num caso contra a Igreja, tendo feito um depoimento no qual declarava que o pai era fraudulento e mentiroso, negando inclusivamente a veracidade dos seus títulos académicos e afirmando mesmo que as suas teorias mais não eram do que exercícios de imaginação, em vez de sério trabalho científico...
Os adeptos veneram o fundador da seita, o americano L. R. Hubbard, como um Deus, e sua biografia oficial divulgada pela "igreja" é tão rica de anedotas que exaltam suas extraordinárias capacidades e a grande quantidade de feitos "heróicos", que é preciso ser muito devoto para acreditar somente na metade dela.
Antes de inventar Cientologia, L. Ron Hubbard (1911-1986) foi por anos um ordinário escritor de ficção científica. Muitas são as "invenções" que passaram de sua literatura para a cosmogonia cientológica. Mas com o passar dos anos, as suas teorias (formuladas entre 1950 e 1970) foram abaladas pelas novas descobertas da ciência, a qual demostrou como os acontecimentos fundamentais da doutrina cientológica não vão além da pura fantasia. Como no caso do trágico "implant" no qual foram submetidos bilhões de thetans. Hubbard afirma que isso aconteceu 75 milhões de anos atrás no Hawai. Infelizmente, para ele, naquela época ainda faltavam cerca de 50 milhões de anos para o Hawai aparecer no meio do oceano.
A dianética é um exemplo clássico de pseudociência. E a cientologia um clássico exemplo de fraude construida sobre uma pseudociência e sustentada pelas desesperadas necessidades e esperanças de pessoas doentes, sós e/ou acriticas.
Hubbard diz-nos do que deve ser composta uma ciência da mente: "Uma fonte única de todas as insanidades, psicoses, neuroses, compulsões, repressões e desarranjos sociais....evidência cientifica da natureza básica e funções da mente humana....a causa e cura de todas as doenças psico-somaticas...." Tambem nota que é irrazoável esperar que uma ciência seja capaz de encontrar uma causa única de todas as insanidades, visto algumas serem causadas por "cérebros malformados ou patologicamente deformados ou sistemas nervosos" e algumas são causadas por médicos.
Sem preocupação por esta aparente contradicão, continua afirmando que esta ciência "deve igualar, em precisão experimental, a fisica e a quimica." Diz-nos então que a dianética é "...uma ciência organizada do pensamento baseada em axiomas definitivos: afirmações de leis naturais da mesma ordem das ciências fisicas....".
As ciências não se baseiam em axiomas e não podem afirmar conhecimentos a priori do número de mecanismos causais que devam existir para qualquer fenómeno. Uma ciência é construida sobre propostas para explicar observações. Conhecimento cientifico de causas, incluindo o número destas, é uma questão de descoberta e não de estipulação. Também, os cientistas respeitam a lógica e têm dificuldade em dizer sem se rirem que uma nova ciência tem de mostrar uma única causa para todas as insanidades excepto para as que são provocadas por outras causas.
Outra indicação de que a dianética não é uma ciência e de que o seu fundador não faz a mais pequena ideia de como a ciência funciona é dada em afirmações como: "Várias teorias podem ser postuladas sobre como a mente humana evoluiu, mas isso são teorias, e a dianética não se preocupa com estrutura."
Vanessa