Amor/Paixão
Qual é o limite de uma paixão?
O que é uma paixão, este sentimento avassalador que uma parte razoável da humanidade tem horror, e não pode nem ouvir falar? Porque isto acontece? Será que viver uma paixão é o fim do mundo? Paixão mata ou faz viver?
Quando falamos em paixão, a primeira coisa que ouvimos como resposta, é alguém dizer que ela é efêmera, e não resiste ao tempo. Dizem estes sábios que só o amor é um sentimento digno e eficaz, o qual, segundo os que não acreditam em paixão, é duradouro, produz calma, acomoda-se bem nas estruturas familiares, e encaixa-se suavemente no dia-a-dia do casal moderno.
Confundem o amor com um projeto vulgar de aposentadoria precoce das emoções humanas.
O tal amor calmo e tranqüilo, vai surgindo com o tempo, e vagarosamente distribui gotinhas de prazer no coração desses amantes da vida familiar, que não estão a fim de arriscar absolutamente nada. Tudo muito certinho, nada fora do lugar.
Pensando desta forma medíocre, eles tem razão, pois a paixão não se ajusta em lugar nenhum, porque ela é uma espécie de onda violenta, que vai levando tudo pela frente, um maremoto dos sentidos, onde a alma e o corpo desfilam na crista da onda do prazer.
As pessoas que tem repulsa à paixão, não percebem que ela precisa de amor (seja ele de que espécie fõr) para poder sobreviver.
Talvez saibam disto, mas percebem que não têm amor bastante para ser colocado na fogueira das paixões, e por isso criam uma espécie de "firewall" dentro dos corações, a fim de impedir a entrada arrasadora de qualquer sentimento que não seja o puro e tranqüilo amor.
Paixão é uma mistura explosiva de todos os desejos que mexem com a cabeça de um homem e de uma mulher. No entanto, ela tem sempre que contar com os três elemento básicos, que são: Paixão = Amor + Sexo!
Esta é a fórmula que leva homens e mulheres ao universo dos sentidos, mostrando que a vida precisa ser vivida com intensidade, onde todas as nossas sensações ficam a flor da pele, o prazer de amar nos consome o corpo todo, incendiando a alma, rasgando a carne, transformando o acto de amar num momento de fé.
Quando mergulhamos numa paixão, o que mais ouvimos são aquelas vozes do além, passivas e frias, gritarem para que todos ouçam: "Vão se perder, e as suas forças vivas".
A coisa mais digna que existe no mundo, é um homem e uma mulher se entregarem à paixão. Tudo parece girar mais rápido, o universo todo fica mais iluminado. Olhares eléctricos, queimam os olhos dos amantes, incendeiam o coração, alteram o sistema nervoso, enchem nossos sentimentos de adrenalina pura.
Os movimentos ficam mais rápidos, mãos acariciam sem parar, lábios desfilam pela superfície da pele, corpos colam-se violentamente. O suor brilha na epiderme, como se fosse cristal líquido. Os sexos fundem-se, e se tornam um só. Gritos de prazer saem de dentro da alma, rasgando a carne de ponta a ponta, para festejar o orgasmo transcendental e carnal que invade o universo do prazer.
Alma e corpo beijam-se loucamente, querendo transformar aquele momento numa eternidade possível.
Mas....
Mas como evitar esta mudança quando deixamos de estar apaixonados?
Durante a paixão as pessoas visualizam e sentem um parceiro ideal que na verdade... pode não existir! E quando a fantasia se dilui dá-se então o desencanto e talvez alguma raiva e frustração.
Trata-se de uma fase crucial em que tudo pode continuar ou terminar. Tudo depende da capacidade das pessoas em saberem respeitar as diferenças e em aceitar o outro com os seus defeitos ou limitações.
Um á parte... reparem que as fotos contam a história de uma paixão louca... não sei é se tem um final feliz!